segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tava tomando sorvete de passas ao rum agora há pouco e lembrei da minha infância. Na verdade, sendo mais exata, lembrei da primeira vez que o tomei.
Engraçado como existem momentos simples que marcam tanto. Momentos que não são nem um pouco importantes para ninguém além de nós mesmos. Sabe aquele dia, quando você ainda era pequeno e estava na escola com a sua professora e ela te disse aquela frase que você sempre lembra? Bom, aquela pode não ter sido a melhor frase que você já ouviu na vida, nem a mais importante, nem a mais bonita, nem nada parecido. Apenas marcou. Não precisa ter sido um elogio, nem um insulto; apenas memorável.

E mais engraçado é que sempre que estamos submersos em nossas nostalgias, nos lembramos principalmente das partes mais "relevantes", mas esquecemos que a vida é feita pelos pequenos momentos, pelas coisas mais simplistas, até porque num dia com 24 horas, temos que conviver com alguns minutos e até horas de "nada de mais". Mas não é. Admita: mais dia menos dia você se pegou pensando em algo tão besta que se passou há centenas de anos, que não tinha nada a ver com o momento. Todo instante é importante, só que a gente esquece tanto disso, né? 

Sabe uma coisa que me deixa muito "viajante"? Cheiros. Eles nem sempre são bons, entretanto, sempre me arrancam uma memória que estava enfiada no fundinho do baú. 
Cheiro de comida, de grama, de salão de beleza, de hospital, do perfume de um amigo no corpo de um estranho que eu esbarro numa loja... O mais divertido é que eu acabo "revivendo" um momento banal e já não lembrado.

Olha, pra dizer a verdade, eu nem sei porquê eu tô escrevendo isso. Eu devo ter vivido algo agora há pouco que acabou me fazendo pensar nisso, não sei. Engraçado, não?

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Déh