quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pernambuco - Parte I

Medo de avião.

Putz, nem dormi. No caminho até o aeroporto, eu pensei sobre a 2° Guerra Mundial, sobre os vencedores dos BBBs passados, sobre fabricação de papel higienico e o que fosse, mas tentei ao máximo não pensar no avião.
Quando eu avistei aquele lugar GIGANTE, meu coração pareceu que ia explodir. "Calma, Jéssica, calma.. é mais seguro do que carro", eu repetia para mim mesma sem parar, mas não adiantava, o medo tomava conta de mim. Apertei as mãos do Giuseppe e da Renata até os dedos dos dois ficarem roxos, e cinco segundos depois do aviso de apertar os cintos eu já perguntava se já estávamos voando. hahaha. Sério. Pânico total! O medo mor era da subida, de não "sentir" mais o chão, saca? E nesses cinco segundos, o bicho atava apenas esquantando os motores, porque do nada, muito de repente, veio um barulho muito mais alto e o avião começa a correr. Péra, você não entendeu: correr significa MUITO. Muito, muito muito muito rápido. E eu lá, amarradona, cantantarolando "Segura na Mão de Deus" e mascando chicletes como se não houvesse amanhã. E aí... .... ... voei.
Apertei os olhos, finquei os pés no chão (???), sentia o suor escorrendo, queria MUITO sair dali, mas aí a voz dele me deu uma certa calma. "Jéssica, abre os olhos". Abri e UAU. Pensei que fosse desmaiar de vertigem quando olhasse pra baixo, mas fiquei numa boa. E tipo, é simplesmente...incrível (agora seria a deixa pra eu postar AQUELA foto da vista do avião, mas cadê que a foto carregou?).
Teve café da manhã, mas o nervosismo e a tensão só me permitiu comer uma torradinha e um suquinho. E esse suquinho... que filho da puta! Me deu vontade de fazer xixi!
Tudo o que eu menos queria era levantar da minha maravilhosa poltroninha, mas e o medo de fazer xixi nas calças de medo quando o avião estivesse pousando? É SÉRIO! Não ouse rir de mim. Pára!
Aí eu fui, né, não teve outro jeito. Levantei, fiquei paradinha próxima a porta esperando o cara acabar de cagar liberar o toalete para eu usar. Ele saiu e eu entrei - dã. Tips, eu imaginava que seria pequeno, mas não tão pequeno! Okay, né. Vamus'imbora. Fiz meu xixizinho e quando eu estava já fechando a minha calça, eis que sinto o avião se inclinar. "Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! (300 vezes)". Fechei a tampa da privada e me agarrei sentei nela, pensando "Taamuuuu caaaindooooo". Ai, depois daquele frio na barriga todo, depois de total desespero, eu crio coragem, me levanto, dou descarga - parece que ia me engolir! -, lavo a mão e saio. Nisso que eu abro a porta, me deparo com as duas comissárias de bordo sentadinhas, presas aos seus cintos de segurança, enquanto eu tava lá, toda desprotegida - ok, um cinto de seguranças ia salvar a minha vida, né?! Pergunto: "moça, a gente tá pousando?" 'Sim" "Pôxa, moça! Eu tava no banheiro...", resmungo chorosa. E para melhorar a situação, abro a cortininha e dou de cara com o Giuseppe e Renata se mijando de rir da minha cara. No mínimo devem ter imaginado a minha cara de pânico enquanto o avião iniava seu pouso e eu lá, mijando o banheiro todo - o que não aconteceu! Se usar disso pra me zuar eu vou mandar tomar no cu, porra! Não teve a menor graça... snif!

Já na aterrissagem, foi tudo tranquilo. Munida do meu Tridents e das mãos do Giu e da Rená eu fiquei tranquila. Não fui que nem uns aí que ficaram com o rabo trancadinho de medo, tá?! hahahaha Né, Giuseppe? hahaha

Ah, é isso.
Gostei.
Na volta pro Rio eu já tava assim com o avião. Amigos de infância! haha Fiquei com medinho antes da decolagem, mas até fiquei de olhos abertos, vendo a cidade ficar pequenininha, com seus milhares de pontinhos luminosos lá em baixo. Pegamos até turbulência, mas fiquei tranquilissima - e olha que nem tomei calmantes, embora tenha comprado. Devia ser pelo sono que já tava arrebatendo e, como fizemos escalas em Petrolina e Brasília, eu tava cagando pro voo. Queria saber era de deitar no colo do Giuseppe/banco do corredor que voltou vago e ficar babando no travisseirinho que me deram.
Engraçado que quando a gente já tava quase no Rio, o sol começou a nascer - voamos na madruga - e eu abri os olhos remelentos e disse "encosta no banco pra eu poder ver também, Giu". Ele encostou. Três segundos depois, ele olhou pro lado eu tava lá, roncando e babando amarradona perdendo aquele espetáculo todo. Mereci um "tománocu!", né? Mas realmente.. eu dormi que foi uma coisa louca. Só acordava quando acionavam o sinal de apertem os cintos, quando o avião passava por durbulência ou quando no processo de aterissagem, o piloto resolveu arremeter o avião. Aí deu medinho. hihihihi. Mas fora isso, bati feito pedra. Só acordei no Rio. Literalmente. Acordei com as rodas tocando o solo carioca.

Bom, na categoria Avião, é isso. Gostaram - não respondam; tenho medo.

Beijos e não percam os próximos capítulos.

3 comentários:

  1. Só tenho uma coisa a dizer:

    EU RI.

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  2. Bom mesmo é ela contando e fazendo caras e bocas; que tal um video para alegria de seus seguidores hein, hein, hein??

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  3. Vídeo é o caralho! Se contenta com as palavras aí!

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Déh