quarta-feira, 17 de novembro de 2010

De sobremesa, uma boa gargalhada

Na minha casa, nós não temos o menor hábito de comer à mesa. Comemos no sofá, cada um num canto, cada um na sua hora e todos sendo felizes e se amando pra sempre.
Especialistas dizem que isso faz muito mal para a estrutura familiar e blablablá, mas de boa? Ligo não. Acho que o que abala uma família é um pai drogado, uma mãe piranha, um filho vagabundo e uma vó viciada em bingo. O resto tá valendo.

Ontem, eu jantei com a aminha vó - é assim, a gente se subivide - na sala. Ela ligou a TV e tava dando Caceta e Planeta. Cara, que troço imbecil! Fiquei sabendo que está concorrendo com a Turma do Didi na categoria Programa Vergonha Alheia do Ano, mas isso é história pra outro post.

Piada vai, piada vem, uma garfada aqui, um gole ali, eis que surge a seguinte cena:
Um homem estava todo engravatado, num jantar chiquérrimo e tal. Aí ele começa a dizer "queria agradecer não sei o que pra não sei quem, nhenhenhê e principalmente ao senhor, Coronel Nascimento... que cheiro estranho. Coronel Nascimento? O senhor soltou um pum?" "EU?! EU NÃO SOLTEI NADA! FOI ELE QUEM PEDIU PRA SAIR!"

Cara, eu olhei aquilo e dei uma risadinha - o que não fazia desde a época do cuecão de couro! - e em seguida, olho pra minha vó que estava ao meu lado, que faz o mesmo. Só que a risadinha vira um riso. Depois uma risada, depois uma gargalhada e lá fomos... Choramos de rir! Literalmente! Eu sei, eu sei, a piada foi medíocre, eu sei! Mas foi tão besta que chegou a ser engraçada, ué. E de boa? O que me fez rir ainda mais? A risada da minha vó. Quando eu olhava ela se explodindo de tanto rir, eu ria mais ainda, porque é engraçado vê-la gargalhar daquele jeito. sabe aquela pessoa que conta uma piada escrota e começa a rir da própria piada e te faz rir só por casa da risada dela? Foi isso!

Aí eu parei pra pensar: há quanto tempo eu não ria daquele geito, sabe? Riri de tombar pros lados, de sentir dor de estômago e de chorar. Há quanto tempo eu não a via gargalhar de uma coisa boba... e sabe, eu fui criada com a minha vó. Passava/passo o dia todo com ela quando não estava na escola e a gente fazia tanta arte, via tanto programa mongól na TV e ria de tanta coisa. Foi gostoso, prazeiroso. Minha noite não poderia ter sido melhor.







Te amo, vó.

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Déh