segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Natal - parte 2

"Saúde para todo mundo!", desejei. Mas minha tia disse que não queria saúde para todo mundo, e sim para os amigos e parentes.
De verdade: não entendi. Qual é o problema de querer que todo o mundo tenha saúde, paz, amor... enfim: seja feliz?
O que mais se deve esperar da vida além da felicidade? E isso inclui, obviamente, saúde, sabedoria, mansidão, serenidade e afins.
De que adianta a gente querer um bom emprego, uma grande casa, viagens, carros e um super saldo na conta bancária no final do mês? Não posso ser hipócrita: ter dinheiro é importante, afinal, nós comemos, bebemos, nos vestimos e temos direito à cultura, lazer e etc, o que nos faz precisar de money. Tá: e aí?
Eu, particularmente, ando planejando o meu próximo ano mais do que deveria. "Ah, porque eu quero arrumar um emprego, quero fazer tal curso, comprar x & y, ir pra não sei aonde...". Pô, legal, mas eu não tinha parado pra pensar que o que eu quero pode não ser o que eu realmente mereça e tenha. Talvez os meus planos não me façam suficientemente feliz ao se concretizarem. Sem falar que tudo pode acabar a qualquer momento. O mundo "tá assim" de gente que queria A & B, mas o destino lhes reservou C, e, meus amores, elas têm que se conformar. É a vida. É o que Ele quer.
Nós - me incluo imensamente nisso - temos que parar de querer, querer, querer. A vida é mais, muito mais, que 510,00 no fim do mês. A vida é muito mais que rezar por nossa saúde. Nós temos mais é que viver com a mente aberta, tentando dar a mão ao próximo e ao distante. Eu quero mesmo é que a minha mãe seja feliz, o meu pai seja feliz, o meu melhor amigo seja feliz, a minha tia e todo mundo! E isso não significa ter ou não alguma coisa, afinal, nem todos nós somos predestinados a ter tudo o que está a amostra nas inúmeras vitrines. Mas a felicidade, ah, isso eu acredito MESMO que qualquer um possa ter. E eu quero isso para mim, não importa como vier. E o que eu quero de bom para mim, eu quero pra você, ou pra ele, ou pra ela, ou pra qualquer um. Dane-se se eu te amo ou não. Sejamos felizes! Isso é o que importa, porque no final a gente pára e pensa: "e o novo Ford? Faz o que com ele? Enfia no cú?" Só pode! Porque isso tudo pode acabar a qualquer momento. Temos (eu também) que aprender que quando essa fase acabar, nós só poderemos levar conosco o que for beeem leve. A felicidade, eu acredito, nós podemos carregar. O novo Ford a gente vai ter que deixar, então é melhor criar mais apego à outras coisas, não acha?

Um comentário:

  1. posso falar? concordo com sua tia nesse sentido. eu la sei quem é todo mundo? eu quero o bem de forma universal, sim, mas não pra TODO O MUNDO. apesar de soar super fria, não é todo mundo que merece felicidade, paz, sorte, etc... no ritmo de "não imagine que te quero mal. apenas não te quero mais", não desejo mal pra ninguém. mas também não desejo o melhor a todos.

    agora, quanto a você, meu bem. até que EU prove o contrário, merece tudo de melhor sim! aiuhsauihuas beijo

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Déh