domingo, 10 de abril de 2011

Cuide de mim. Cuide de si.

É engraçado como sofremos pelos outros. Me refiro a dor de quando uma pessoa que amamos muito não esta bem. Parece que nós também não estamos, porque ela faz parte da nossa vida de tal maneira que sentimos...

Bom, a verdade é que tentei completar a última frase mas não consegui. Acho que é porque este sentimento é imensurável. É incrível como apesar de tudo o que fazemos seja mais próximo do perfeito possível, não é suficiente quando alguém que amamos muito vai mal.

Talvez sejam nesses momentos que percebemos que não há dinheiro, não há status, nem mesmo sensações particulares que se comparem à uma relação afetiva que temos com outro ser humano.

Tá parecendo palavras sortidas, eu sei. É que eu quero chegar numa coisa: eu aprendi que não devemos apenas nos cuidar porque é importante para nós mesmos, mas também é importante para o outro.
Certa vez eu estava pensando: "se eu morresse hoje por uma fatalidade da vida ou por um 'discuido' meu, minha família sofreria demais". Cara, é verdade! 

Neste mundo, não estamos sozinhos - às vezes parece o contrário, rs. Eu sei que há pessoas que se importam verdadeiramente conosco, que se alegram com o simples fato de existirmos e que com certeza sofreriam muito caso algo nos acontecesse. Eu sei porque eu sou uma dessas pessoas que sentiria uma dor inenarrável se alguém que eu amo...

E eu sinto.

Nesta semana aconteceu uma coisa muito triste. Aliás, duas coisas. A primeira foi a tragédia em Realengo. A segunda, bem menos famosa, foi a perda que uma familia de amigos sofreu por uma pessoa muito querida que tirou a própria vida.

Esse caso me fez refletir muito sobre isso. No caso da "chacina da escola", eu pensei "poxa, eles não tiveram escolha; alguém escolheu tirar a vida daquelas crianças e ponto". Triste, não? Imensamente triste. Mas e no caso do suicídio? Ela tinha escolha. E optou... Não fui uma fatalidade, foi uma escolha. Isso que é pior.

Por favor, eu não estou ridicularizando-a. As pessoas que comentem este ato devem ter milhares de razões, mas... e as outras? E quem ficou? E quem sofrerá sua perda? E quem sentirá uma parte de si morrer quando ver que a outra esta morta? Isso me dói tanto, tanto. Eu tenho tanto medo que isso aconteça comigo. Tenho medo de que alguém que eu ame faça a escolha errada e, assim como aquele assassino, escolha me matar sem a minha permissão. E é claro que eu nunca permitiria.

Agora é tão claro dentro de mim o quanto eu preciso me cuidar, preservar minha integridade. Eu preciso fazer isso não para evitar minha própria dor, mas para evitar a dor de quem esta ao meu lado.
E peço o mesmo de todos que me cercam. Cuidem de si. Cuidem de si para assim cuidarem de mim, porque na verdade, eu sou uma fraca que não suporta a ideia de sentir dor com a sua dor, com a sua perda.
Cuidem de si porque assim vocês estarão dando a maior prova de amor que pode oferecer a alguém. Porque para que vivamos plenamente, é preciso estarmos cercados daqueles que nos fazem bem. Por favor, não nos privem dessa alegria.

Sem mais.

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Déh