quinta-feira, 24 de março de 2011

Tô a fim de ser jovem - parte I

1) jogar fora a agenda.
Hoje um colega da minha turma de Jornal* achou na mochila dele um embrulho verde. Era uma agenda preta 2011. Deve ter sido algum parente que fez a surpresinha. Ele não AMOU muito, mas eu sim. Achei bem fofo. Mas eu acho que gostei mais da maneira com que ele ganhou do que o presente propriamente dito, sabe? Achei carinhoso. E agora eu tava pensando: será que eu teria gostado da agenda?

Vamos analisar: "agenda", pelo menos na minha cabeça, é um instrumento que domina o seu tempo. Você abre a sua agenda, anota tudo o que deve fazer, confere se haverá alguma horinha disponível, essas coisas. Mas será que esse instrumento não torna a vida muito "mecânica"? Não me interpretem mal, por favor. Sei muito bem que uma agenda é muito importante em inúmero casos, entretando acho um pouco disnecessário para um cara de 18 anos. E você sabe porque a pessoa resolveu lhe dar justamente uma agenda? Porque "universidade" é sinônimo de "seriedade", o que eu discordo.

Pra mim, universidade é uma fase, não um lugar. Hoje no ônibus, refleti rapidamente em como uma pessoa passa sua juventude toda ensaiando o que será em sua fase adulta. 
Dia desses eu ouvi um pensamento excepcional: "Um jovem vai pra faculdade e compra uma mochila. Quando ele vai fazer mestrado, a primeira coisa que faz é comprar uma pasta - de couro - e colocá-la debaixo do braço". Percebe a complexidade da situação? Estão roubando a nossa juventude! Quem? Não sei. O que sei é que, involuntariamente, estamos dando-a de mão beijada.

Tudo bem, ria, deboche de mim, mas antes pense sobre. A juventude tem um valor tão incrível que chega a ser difícil de ser explicado. E parece que eu e mais milhões de outros jovens temos um único objetivo: nos tornar adultos. Adultos cheios de compromissos, de agendas lotadas, de salários altíssimos, de teses sobre a vida, de pensamentos e de verdades absolutas. Mas e a dúvida? E o erro? E o tempo livre pra nos deliciarmos simplesmente conosco mesmo? E a bermuda e o chinelo?

2 comentários:

  1. Dá pra ser adulto e continuar jovem. Bem clichêzão o comentário mas eu vou por aí mesmo.
    Independente de pastas, mochhilas, bermudas , sapatos e chinelos. Apesar de roupas e acessórios tb quererem dizer algo sobre você, tb tem aquilo q a gente carrega dentro da gente. A gente pode crescer, mas pode continuar jovem. E isso não quer dizer que a gente pensa pequeno. Pelo contrário. :)

    Beijo!

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  2. Lindo comentário, flor.
    Obrigada pela visita e volte sempre. =)

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Déh