domingo, 2 de maio de 2010

Dizem que é na tristeza que o poeta faz suas melhores poesias. Deve ser verdade. Às vezes, aquilo que sentimos é tão forte, doloroso e brutal, que o oxigênio não se faz suficiente, restando apenas as palavras impressas no papel. Palavras sem vida, sem existência - até que alguém as leia.
Mas nem sempre o poeta quer que suas palavras tenham vida sob os olhos dos outros. O poeta pode querer, talvez, apenas se livrar das palavras que lhe impregnam a pele. Livrar-se delas e guardá-las num papel dobrado no bolso da calça.
Já as palavras ditas e ouvidas, não funcionam desse jeito. Elas parecem que se apegam ainda mais naquele que as diz. Pior ainda é quando elas se grudam na memória dos que as escutaram. Porquê as palavras escritas não precisam ser lidas, mas sim apenas escritas. Elas não precisam ter vida a não ser para o autor. Elas precisam ser apenas amigas, as melhores confidentes. Ser como um cofre forte que guardam sua verdade até que o possuidor do código para abri-lo deseje contar seu segredo.

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Déh