segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Toque de Recolher é a solução?



"Os pais não educam e o estado quer educar, de certa forma errado, pois estão generalizando muito, de certa forma 'correto' pois é uma maneira deles quererem 'educar' , mas as violências, drogas e blá, não ocorrem somente após um certo horario." → K. R. 16 anos, estudante.


Nessa semana, veículos de comunicação de todo o Brasil mostraram o que está havendo no interior de São Paulo: Um Juíz decretou que nenhum menor de idade tem permissão de permanecer nas ruas à noite.

Esse toque de recolher está causando a maior polêmica, principalmente entre os jovens. A idéia de que os menores têm que estar sob a "rédeas" do governo não agrada à todos. Se por um lado alguns apoiam, dizendo que é o melhor a se fazer devido a intensa necessidade de repreensão de crimes de menores infratores, por outro lado, há quem abomina a idéia de ter que ficar a mercê do Estado e seu horário pré-determinado.

É compreensível a medida, mas será que é correto abolir o direito de ir e vir que cada um tem garantido por Lei? O fato de alguns jovens saírem para infringir as leis, não significa poder generalizar a situação. Imagine um jovem que está voltando de um curso a noite e que tem somente 30 minutos para chegar em casa antes que a Lei vigore. Imagine se ele, por acaso do destino perde o ônibus e tem que esperar na rua, provavelmente, até que a próxima condução chegue. Agora imagine, se ele é pego pela polícia e preso por estar na rua num horário que não é permitido. O que vai acontecer? Como ele vai provar que esteve em um curso e não em outro lugar fazendo coisas erradas? E se ele puder provar, a Polícia vai acreditar em tais provas? Enfim, é complexo de mais...

Contudo, também é relevante falar sobre a voz dos pais nessa situação, afinal, o ideal seria o responsável impor limites na educação e nos horários e a Polícia garantir segurança aos jovens, mas como ambos estão deficientes, mais uma vez encontramos perguntas sem respostas: afinal, quem deve ter o controle: o responsável legal pelo menor, ou o governo, que quer cotrolá-los com esse regime?

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Déh