segunda-feira, 14 de novembro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

das coisas que eu não entendo - 265° parte

De boa, gente. Não é que eu seja muito (eu disse Muito!) idiota, mas existem algumas coisas que eu simplesmente não consigo assimilar. E não é por falta de tentativa, porque Deus é testemunha das minhas infindáveis reflexões acerca dos complexos questionamentos da vida (caraca, falei bonito!).

E minhas maiores dúvidas não dizem respeito aos temas "existe vida após a morte, como acabar com a fome na Somália ou quem derramou o leite". São coisas corriqueiras, com a qual cruzamos diariamente e parecem servir somente pra isso: pra nos fazer não entender! Entende? Vou contextualizar.
TODA VEZ que eu caminho pelo calçadão de Nova Iguaçu sou "incomodada" por alguém que sempre me estende um cartãozinho e fala "ótica?". A minha resposta sempre é a mesma ("não"), mas na verdade, bem no íntimo do meu ser, todos os nervos do meu corpo GRITAM o seguinte: "moço, olha bem pro meu rosto. Tá vendo isso aqui nos meus olhos? Sim, são ó-cu-los! Eu já tenho ó-cu-los! E eu acho que, se eu quisesse fazer novos, eu já teria ideia de onde fazer, né?". Gente, fala pra mim, mas fala de coração: tô muito errada? Só eu penso que certas coisas são absurdamente sem noção?

Outra coisa que eu não entendo e que também povoa o Centro de New Iguaçu: existe muita gente fazendo panfletagem de tudo, mas há em especial uma mulher simplesinha, com um dentinho faltando na fente e o resto bem tortinhos. Como eu sei disso? Simples: ela fala "DENTISTA - ORÇAMENTO GRÁTIS?"!!! Porra, véi! Como eu vou confiar num dentista que põe uma mulher banguela pra fazer propaganda no calçadão, carambolas?! Me responde! Pelo amor de Deus, alguém me explica isso porque eu-não-entendo!


Pera, deixa eu me acalmar porque eu tô ficando nervosa aqui... (respira fundo). Ok, vamos lá.

Assim como as pérolas da ótica e do dentista (cacete, essa foi demais.. ainda tô indignada!), existem também outras que me tiram o sono, como é o caso do "Empréstimo?". A pessoa tá debaixo do sol, suada, visivelmente cansada, com cara de "tenho que pagar a conta de luz" fazendo propaganda de EMPRÉSTIMO?! Ah, gente! Se o tal empréstimo fosse tão bom, tão fácil e tão cheio de "benefícios" como diz, a pessoa não estaria ali, ou estaria? Juro que essa não é uma pergunta retórica. Tô querendo muito entender mesmo.
Igual professor de cursinho. O cara te prepara pra um concurso boladão, onde, se você passar, ganhará oito mil por mês, mais transporte, alimentação, refeição, auxílio palitó, auxílio happy hour e o caralho. Mas péra: se ele sabe tudo, se ele conhece o concurso, se ele acredita que seus conhecimentos são suficientes pra fazer alguém passar, porque ele próprio não presta o tal concurso e pára de ganhar aquela miséria que é o salário de professor?

Ih, sei não... Confia em gente assim? Eu não confio. Na verdade eu não confio em muita coisa, não. Não que eu seja uma pessoa desacreditada, mas é que tem cada coisa que me deixa de boca aberta nesse mundo...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Como nos velhos domingos

Da minha infância tenho inúmeras memórias boas, dentre elas, os domingos. Ter meus pais em casa era meu maior deleite da semana. Passava os dias assistindo TV em casa ou brincando com as outras dezenas de crianças na rua, o que me fazia suficientemente feliz, mas não via a hora de acordar e perceber que era domingo, dia de meus pais não trabalharem.

Íamos juntos à padaria, onde meu pai pedia pão, mortadela e um habitual Kinder Ovo para mim. Semanalmente, eu ganhava mais um brinquedinho inútil e de cunho completamente colecionável para enfeitar meu quarto ou se perder em meio a tantas outras quinquilharias de criança.
Haviam também as feiras. Ainda consigo ouvir o barulho da rodinha cambaleante do carrinho de ferro dobrável que minha mãe puxava ao lado de minha vó. Passeávamos pra cima e pra baixo pelas ruas de Morro Agudo com compras de legumes e frutas individualmente provadas nas bancas. Gostava das uvas. Provava uma a uma, sem deixar faltar nenhum tipo diferente. As laranjas, sempre bem amarelinhas cortadas em quatro partes, se exibiam para mim, convidando-me a conhecer mais uma vez seu sabor antes que minha mãe pedisse uma dúzia delas ao vendedor. Quanto à melancia, era figurinha carimbada em nossos carrinhos, nem que fosse apenas a metade. Os pastéis de carne acompanhados de gelados caldos de cana eram meu café da manhã nesses dias.

As ruas, sempre completamente lotadas, eram palco para brigas entre pedestres, ciclistas e motoristas, que lutavam ferozmente por espaço. Junto à eles, estavam os vendedores de caranguejo, peixes e brinquedos baratos que meu pai comprava sorrindo após minhas enormes insistências. No entanto, nenhum pequeno agrado paterno se comparava ao excepcional sorvete feito por uma máquina velha que ficava num cantinho da principal rua do bairro, comandada por um senhor ruivo e calvo.

Era uma grande geringonça de metal, com garrafas de vidro emborcadas para baixo com refrescos artificiais, fixas em ambas laterais da máquina. Era só escolher o sabor e em segundos o sorvete era cuspido cremoso e graciosamente, em meio à barulhos e espasmos da velha sorveteira. A colherinha de madeira, típica de sorvete, era o toque final daquela pequena obra de arte que não levava nenhuma gota de leite em sua composição, mas sua beleza era semelhante a algodão-doce derretido. 

Hoje eu encontrei uma dessas máquinas. Obviamente pedi um sorvete de morango, meu sabor preferido desde os velhos tempos. Enquanto observei-o sendo feito, as memórias que explodiram dentro de mim, tranportaram-me por um momento para as manhãs ensolaradas de meus domingos infantis e maravilhosos.  Olhar para o operador daquela máquina amarela e vê-lo segurar o copo de plástico a espera do meu sorvete que caía lentamente, me fez sentir como se tivesse 6 anos outra vez. Mas não tenho.

Quando ele me entregou o sorvete e eu o provei, percebi que seu sabor nem era tão bom assim. Talvez com o passar dos anos meu paladar perdeu a sensibilidade para doces típicamente infantis. Mas sinceramente não importa se era o sorvete sabor "ki-suco de morango" que ele me vendera era bom ou não. Quando a colher - de plástico, infelizmente - transportou-o para dentro de minha boca, só senti o sabor das lembranças.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E lá vamos nós!


Lembram dessa bruxinha do Pica-Pau? Nossa, que nostálgico!

A minha infância inteira foi permeada por maravilhosos desenhos animados que coloriam as tardes em que eu era proibida pela minha vó de sair de casa. Ir brincar na rua de barro seco era minha atividade preferida, mas eu a substituía com gosto pelas animações que o SBT exibia.

Existem episódios incríveis que nunca saíram da minha cabeça. Eles simplesmente serviram como exemplos em muitos aspectos da minha vida e eu chego a acreditar que quem diz que na TV não passa de nada de construtivo não sabe o que ta dizendo! rs. 

Com os desenhos animados que eu assisti, depois de chegar da escola e comer bolinho de chuva bebendo Nescau, aprendi lições que carrego sutilmente comigo pro resto da vida. Uma delas é essa daí, da bruxinha. "E lá vamos nós!".

Sinceramente eu não me lembro do episódio inteiro, não. Só sei que no final das contas existe essa chatinha aí que não desistiu até achar sua vassourinha mágica. Ela paga sua moedinha ao Pica-Pau (eu acho que é assim, rs), pega uma vassourinha num grande estoque, "monta" sobre ela, arrasta seu pezinho e diz em alto e bom som a célebre frase que você já deve ter repetido pelo menos uma vez na vida.

Lembro de achar o episódio até meio chato, devido a enorme insistência da personagem e da grande repetição do "e lá vamos nós". Ela simplesmente não se cansa. Vassoura após vassoura, a velha bruxinha segue tentando, com a certeza que uma hora irá achar aquela que tanto procura.

Sua vassoura não era simplesmente uma composta pelos típicos cabo e palha. Sua vassoura a fazia voar, exatamente como devem ser as vassouras das bruxas. E no meio de tantas outras vassouras que se misturavam entre si, nada a fazia desistir de encontrar aquela que era feita para ela, que atendia quando ela gritava "e lá vamos nós".

No final das contas, eu não consigo lembrar se ela encontra sua vassourinha no episódio ou o que quer que seja. Na verdade isso pouco importa. E daí se ela passou a eternidade repetindo sua fala, arrastando o pé enquanto se agarrava a uma nova vassoura, acreditando que dessa vez voaria? Isso tanto faz. Ela merece respeito porque não desistiu e é isso que me marcou tanto. Não há como não se inspirar com tamanho exemplo de persistência. 

A gente precisa aprender com tipos como o dela, que não param quando percebem que "não foi dessa vez". Precisamos aprender a acreditar que existe por aí, no meio de um tumultuoso estoque de vassouras, aquela que é feita para cada um de nós. E não há problema em experimentar cada uma delas, desde que tenhamos sempre a mesma disposição ao soltar o comando e esperar pra ver se dessa vez vamos alçar voo. 

E se não voarmos - tudo bem! Vamos torcer para que hajam novas vassouras e muita disposição para tentarmos outra vez. Mas tenhamos pressa, pois pelo o que ouvi dos passáros e das bruxas, voar é bem divertido. Então? "E lá vamos nós"?



domingo, 4 de setembro de 2011

Parece fácil, mas é difícil

É tão fácil julgar os outros, né? Olhar pro lado e apontar o dedo na direção de outra pessoa é uma tarefa mole de se cumprir, ainda mais se você não souber nada sobre ela. Difícil é procurar entender, compreender todo o contexto, analisar o conteúdo, indo bem além do superficial. Mais difícil ainda: se colocar no lugar do julgado

Engraçado falar assim. "Julgado". Vamos abandonar o politicamente correto, chutar nossas hipocrisias e admitir que sim, mesmo não querendo, julgamos as pessoas. O tempo todo, diga-se de passagem. Não adianta dizer que "nããão, eu não julgo ninguém" que é mentira - julga sim! Eu julgo. Sou humana cheia de erros e falhas. Por favor, não me faça sentir que sou a única má desse conto de fadas tortuoso.

Mas como disse, contar a história a partir de um ângulo é moleza. Basta arrumar um cúmplice disposto a se render à alguns minutos (ou horas) de papo-furado (ou fofoca...), um assunto (no caso, um alguém) e algumas pedras nas mãos para que o serviço seja completo (olha eu aqui, julgando quem julga também. rs).


Na universidade eu aprendi com uma professora que não dá pra escrever uma reportagem com um único entrevistado. É preciso ter fontes confiáveis, personagens interessantes e que apresentem pontos de vistas minimamente diferentes ou que reforcem a fala do personagem anterior. Vamos trazer isso pro nosso dia-a-dia, independente de nossas graduações, que tal?

Acho que tô dando voltas pra falar algo que na verdade eu ainda não sei expressar. Vamos lá: me sinto julgada. E eu odeio ser julgada sem uma defesa. Pff! Vamos assumir: quando damos a oportunidade da pessoa na berlinda se defender, né?

De uma coisa eu sei: a juíza do meu caso sou eu mesma. Não importa o que pensam, o que falam ou o quão bruxa má do leste o mundo acredita que eu seja. Eu tô é dando mole deixando-me abater com opiniões alheias. Mas também existe um lado positivo: ao passar por essa "triagem" eu percebo que as pessoas com que eu mais me importo conseguiram fazer uma boa leitura da minha história e me compreendem. E além disso: me respeita e apoiam.

É triste perceber que existem olhos que me fuzilam, pedras que me acertam e palavras que, mesmo eu não ouvindo, me cortam. Mas quem me julga tem seu direito. Quem me condena, pode não me conhecer.

Precisamos abrir nossas mentes para um sem-número de aspectos da "sociedade moderna", mas quando o assunto é a vida de outra pessoa, rapidamente nos debruçamos sobre a janela, cruzamos os braços e começamos a destilar palavrinhas afiadas como bem faziam as guardiãs das fofocas de novela de época. 

Ok. Vão em frente: estou de braços abertos esperando cada uma das unhadas que estão por vir. Fiquem a vontade. Saibam que eu posso - e certamente, vou - chorar, mas eu conheço a minha história. Só Deus sabe quem eu realmente sou - e tenho fé que um dia ele me conte - e o que há dentro de mim. Estão todos livres para olhar meus lençóis no jardim através de janelas cujos vidros estão sujos. Eu sei como eu os lavei. Sei por que os escolhi e por que me envolvo com eles.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pra quê homem?

- Nando, vai embora não! Me faz companhia enquanto pinto as unhas.
- Mas eu preciso ir emb...
- Não! É superrápido!
- Tá...
- Olha, que esmalte você acha legal? Tenho o Hippie Chic, o Invejável, o Café Italiano, o Jeans e o Rosa Antigo. Adoro essas cores da Colorama!
- Ah... esse Jeans é bonito...
- NÃO! Estava com ele outro dia mesmo. Escolhe outro.
- Então esse...
- O Rosa Antigo também não! Gosto muito, mas é outro que sempre uso.
- O Café Italiano! Esse é bem bonito!
- Café? Amanhã eu vou ao circo! Como eu vou aparecer lá com uma unha tão séria? O que o palhaço vai pensar de mim? Não, Café Italiano não...
- Aff! Então...
- Ah, vou pintar com o Hippie Chic mesmo!
- PORRA, PRA QUE VOCÊ PEDIU MINHA OPINIÃO SE JÁ SABIA COM QUAL PINTAR? PRA VER SE EU ADIVINHO SEU PENSAMENTO?!
- hahahahaha é...

Ah, gente, vamos combinar, né? Pra quê a opinião de homem?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

No final das contas nós não temos sequer o direito de exigir nada de ninguém. O máximo que podemos fazer é deixar que as pessoas nos dê aquilo que merecemos receber.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dieta djá!


CALMA, GALERA! Antes que algum engraçadinho faça o célebre comentário sobre dieta para uma pessoa magra como eu, explico logo que minha dieta tem a ver com fechar a boca sim, mas é um pouco diferente.

Como já ficou claro, não tenho problemas com comida, com o que "entra" (oooooooolha, rs) em mim. Meu problema é o que sai. Essa minha carinha de "boneca", delicadinha e cheia frescurete na verdade esconde um pedreiro grosso que só sabe falar merda. Eita... olha o problema aí.

Isso mesmo, pessoal: palavrão. É foda...
Sou muito desbocada. Falo palavrão com muita naturalidade, sem pensar. Ela já está inerente ao meu vocabulário, é como se fossem "vírgulas ou pontos de exclamações" de minhas frases, como bem dizia aquela dupla de humoristas.

A verdade é que eu não costumo achar palavrões falta de educação ou mesmo ofensas. Obviamente, eles são em determinadas ocasiões. Raramente você me verá falando palavrões e/ou xingando alguém enquanto estou no meio de uma discussão séria. Isso só acontece quando eu estou realmente muito irritada e mesmo assim só saem palavrões "leves" como "foda-se" (não para a pessoa).

Palavrão, pra mim, é força de expressão, espontaneidade. A gente tropeça e fala um palvrão. A gente vê uma coisa muito maneira na rua e fala um palavrão. A gente se depara com alguma coisa muito ruim e fala palavrão. A gente se assusta e fala palavrão. Tem palavrão pra tudo, ora bolas! Eu até penso palavrão. "Que fulha da puta bonita!" ou "Caralho, tô muito fodida...". E é tudo, como disse, natural.

Mas eu exagero. O fato de eu achar comum e banal não quer dizer que o resto da sociedade também acha um "puta que pariu" comum e banal. Até porque ele não é, eu é que naturalizo muito isso tudo. 
E além disso, também acabo sendo um exemplo ruim a ser seguido. 

Quando eu conheci o Giuseppe, ele não falava palavrão. Quando terminamos, a boca dele já tava mais suja que banheiro da Central. rs A Hosana também. Ela não tem exemplos palavrudos em casa - eu tenho! Minha vó sempre soltou um ou outro por aqui, rs. Véia safada! -, mas fala uns palavrões bem "feinhos" para uma mocinha que, certamente aprendeu comigo. Não que ela seja influenciável, mas eu digo palavrões de maneiras despretenciosas, quase cômicas. Eles compõem minhas frases, ajudando a preencher lacunas e dar ênfase. Nada demais. Não é de se estranhar que alguém perceba essa "casualidade verbal" e a insira em seu próprio vocabuilário.

O foda (!!!) é que meu irmão caçula, de 12 anos, vai pelo mesmo caminho que eu. Nada contra, afinal, o que eu posso dizer? Só complica porque ele não tem discernimento suficiente para entender que quando se fala um palavrão sem pudores como eu, é necessário saber quem está a sua volta, afinal, não são todos que aprovam esse tipo de comportamento. Entretanto, o mais importante é reconhecer a hora de falar. Soltar um "vai tomar no cu" enquanto se está numa conversa informal e relaxa com amigos, é diferente de mandar alguém tomar no cu quando se está no meio de uma briga séria. E ele não sabe disso ainda. 

É complicaodo e demorado fazê-lo entender, mas um dia a gente chega lá. MAs por via das dúvidas, vou fazer uma dietinha, afinal, não preciso falar tantos palavrões assim. Assusta as pessoas, me deixa feia aos olhos de pessoas que quero que me vejam bonita. Infelizmente, por vezes, me tira o respeito e isso não é nem um pouco agradável, não é mesmo?

Então vamos lá? Vamos prestar atenção ao que eu falo, escrevo e até mesmo penso, porque de nada adianta segurar no último milésimo de segundo um "cacete" e pensar coisas piores. Nossas palavras começam dentro de nossas cabeças, poxa vida. Dizê-las é apenas o final do processo, a última e irreversível parte. Quero não só uma boca menos suja, mas uma mente também mais limpinha.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O café

"Naquela manhã, o café era quente e os pães, macios. As velhas vidraças permaneciam embaçadas e os beirais de suas janelas ainda guardavam a poeira que insistia em fazer morada naquele ambiente tão distinto. Os bules eram lustrosos em cerâmica de cores e tamanhos variados, despretenciosamente dispostos sobre a gelada mesa de mármore que, por sua vez, fazia trio com duas velhas cadeiras de madeira maciça. Nada mudou depois da manhã de uma data já esquecida, quando a primeira xícara de café fora servida. Tudo está como era desde o princípio. A decoração se mantinha da mesma forma que o dono, um snehor cuja história pouco se sabe, um dia idealizou. Ou não. Talvez cada item que compunha aquele cenário fora alocado de maneira desproposital e ingênua.
 
No interior da loja, o espaço ainda era tomado pela sonolência e preguiça das primeiras horas do dia de todos que a visitavam religiosamente para dejejuar. Naquela pequena constução de poucos metros quadrados, o abajour, herança de não se sabe quem ao pouco afamado proprietário do lugar, se funde às mesmas luzes que emanam de cada cliente. Discretamente, toma seu lugar num canto qualquer para dar um pouco de cor de vivacidade às conversas despretenciosas. É certamente ali que se encontram as moças solteiras à procura de rapazes e casais fadados á rotina diária de sentarem frente um ao outro e conversarem sobre o nada. repetidamente, dia após dia, como se fosse a pintura em um velho quadro."


Texto produzido na oficina "O Escritor Como Guia" com a escritora Tatiana Salen Levy. A atividade era escrever um texto que iniciasse um romance, baseado em um quadro. Saiu isso aí. rs
São João de Meriti, 10 de agosto de 2011
Por Jéssica Oliveira

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A confiabilidade do horóscopo


Como boa cristã que sou, vejo meu HORÓSCOPO diariamente. É uma sem-vergonhice só, eu sei.
Daí que hoje, mais que em qualquer outro dia, o horóscopo para pessoas de touro (eu!) me chamou muita atenção.

Costumo sempre visitar dois sites para ver o que os astros reservam para mim: UOL e Capricho (o design deles é lindo! Adoro aquele tourinho roxo).

Hoje o horóscopo da UOL foi categórico e já chegou me colocando mais pra baixo do que eu já estou:


"Importante lidar com paciência com seu orçamento e manter a cabeça fria com dinheiro em geral. Adie decisões que possam comprometer sua segurança material. Escolha o alvo e as palavras com seus clientes, parceiros e amigos. Amor em baixa."

Poooorra! Começar o dia com o aviso prévio de que tô com o amor em baixa é ou não é bom demais?

Agora se liga no que diz o site da Capricho:


"Este é um ótimo momento para ir às compras, taurina. Você está com uma lábia daquelas e será capaz de fazer altos negócios, pechinchar horrores e conseguir descontos incríveis. No amor, a palavra de ordem é comunicação. Expresse seus sentimentos! Nas amizades, cuidado com pessoas fofoqueiras, fique de olho. Para curtir sua última semana de férias, gaste um pouquinho de dinheiro!"

Gastar um pouquinho de dinheiro? Qual dinheiro?! Alguém avisa pra eles que estamos no final do mês, por favor?! E se prestarem atenção, vão ver que o horóscopo da UOL diz justamente o contrário quando o assunto é grana.

Astros, seus lindos, resolvam-se!!!

E agora José?

Cadê aquele silêncio pra nos fazer pensar quando a gente precisa dele?
E não me refiro ao "silêncio no recinto", não. Tô falando do calar interior, que me faz ouvir a mim mesma.  Cadê? Cadê que meus pensamentos colaboram e resolvem andar no mesmo passo que meu coração?

Acho que preciso ficar um pouco sozinha. Contemplando a minha própria companhia.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O prazer de comer

Sem trocadilhos, hein. rs 

Ah, gente, vamos combinar? Comer é muito bom!
Eu sou uma alegre comilona de marca maior, mas infelizmente não sou boa na cozinha; só entro pra lavar a louça - e pra comer, obviamente.

Daí que outro dia eu tava comentando com um amigo que existem comidas que fazem mal ao corpo, mas superfazem bem à alma. E não, não estou falando de luz e água porque não sou nenhuma planta monja. Tô falando de comer besteira e não vou nem entrar no mérito de citá-las porque, com certeza, você sabe bem do que eu tô falando.

Nessas férias eu resolvi ler "Comer, Rezar, Amar" para me desintoxicar. Não tava aguentando mais ler aqueles textos acadêmicos chatérrimos da faculdade para fazer prova, trabalhos, seminários... Ai! Peguei o livro emprestado com uma amiga e estou me deliciando com cada palavrinha daquele diário muito bem escrito sobre "a busca de uma mulher por todas as coisas da vida". A começar pelo prazer que só a culinária pode lhe oferecer.

Okay, não sou nenhuma Edu Guedes, toda trabalhada em pratos finos e receitas megaelaboradas. Pra mim, um feijãozinho bem temperado já me ganha. rs Uma vez me disseram que eu na gastronomia sou uma "pedreira", como qualquer coisa felizona. E é sério! Comida não precisa ter nome francês, ingredientes do sul da Itália e temperos do interior da Mongólia. Comida tem que ser simplesmente gostosa, que me faça soltar um "hummmm" na primeira garfada e pense no quão alegres e bem-vindas são calorias que estou ingerindo.

No livro, a escritora-personagem conta que estava passando por um período muito difícil, então largou tudo e foi morar na Itália em busca do prazer e da auto-estima (estou sendo sucinta). Ela encontrou essas duas coisinhas através do belíssimo idioma e da maravilhosa culinária. O que prova a nossa teoria (hãm?) de que comida resolve tudo! A própria afirma ter engordado os 11Kg mais felizes de sua vida, 11Kg de puro prazer!

Definitivamente comer é uma atividade muito prazeirosa. Fico com dó da galera que precisa seguir dietas para emagrecer e tal. Deve ser péssimo ter que calcular cada caloriasinha comida, sempre atento às informações nutricionais. Eu não quero saber das informações nutricionais! Não quero saber se tem mais gorduras e carboidratos num lindo prato de macarronada do que eu posso comer. Foda-se se o refrigerante vai deixar minha bunda branca cheia de celulites (okay, apaga essa parte aí. Exagerei bonito! Celulite não! rs).

segunda-feira, 25 de julho de 2011

#Como ter um sábado premiado

Fazendo pose pra mamãe

 O celular toca. Minha mãe avisa que está pegando o ônibus e pede que eu a encontre no ponto para ajudá-la com umas sacolinhas de compras, pois devido a tendinite, não pode pegar peso.
Paro de varrer o quarto da minha vó que está passando uns dias na casa da minha tia em Caxias e me preparo para sair. Visto uma bermuda jens, um casaco de moletom, solto o cabelo, pego a bicicleta do meu irmão e vou para a rua.

O ponto de ônibus não é tão distante. Saio da minha rua e sigo por uma outra bem estreita. No final dessa ruela, existe uma pequena rampa, então pego impulso para não precisar descer da bike para subí-la. Nesse pequeno esforço, quando estou no meio da subida, a corrente da bicicleta sai. A força que eu fazia, fez com que minha perna direita pedalasse pra baixo, impulsionando a esquerda para cima, que encontrou em cheio o ferro do quadro da bicicleta. Ai!!

Perdi as forças, cai pro lado, me apoiando na parede, choramingando de dor. Opa! Um pequeno corte. Ai, que dor! Meu joelho ficou vermelho e, em seguida, roxo. Dor, dor, dor, dor! Gritei quando estiquei a perna e chorei quando tentei pisar no chão. 

"Okay, pessoas, podem apenas olhar meu sofrimento! Continuem passando, bebendo cerveja na birosca. Tô aqui pra divertí-los". Uma senhorinha passou e comentou: "caiu, minha filha?" e foi andando, como se pouco importasse a resposta. "Ah, vai pra porra! Não caí, não, mas meu joelho tá doendo muito!". Tá, só pensei. Me contive em dizer apenas que bati forte o joelho. Nem sei se ouviu; como disse, ela saiu andando.

Caramba e agora? Não posso deixar minha mãe com aquelas sacolas lá! Meu irmão tá com o pé bichado e não pode sair de casa. "Te vira, Jéssica". Subi urrando de dor na bicicleta e quase caí de novo. "tonta, saiu a corrente, lembra?". Sujei minhas lindas unhas (que tinham visitado a manicure no dia anterior) com a graxa da corrente - porque, obviamente, todos os cavalheiros estavam extremamente ocupados bebendo e me observando - e fui pedalando meio que numa perna só. 

Quando cheguei, minha mãe já estava me esperando. Contei pra ela o que tinha acontecido e abri o berreiro! Incrível como minha mãe tem o poder de me fazer soltar choro reprimido. Mãe, né? Um dia eu entendo.

Ela foi pra casa levar as compras - e a bicicleta - enquanto eu permaneci no ponto de ônibus chorando de dor, descabelada, com dedos sujos de graxa, casaco roubado do meu irmão e puta com o universo, que cagou e andou pro meu momento de dificuldade.
Até que um estranho de bicicleta para bem na minha frente e pergunta se eu queria ajuda pra ir pra casa, pois tinha visto que eu havia machucado o pé. Deve ter sido quando encontrei com minha mãe e fui mancando até o ponto do outro lado da rua. Rapidamente o observei e senti que ele estava sendo sincero, mas também não pude deixar de notar que a bicicletinha laranja dele não teria como me carregar. Ainda assim sorri muito verdadeiramente e agradeci, explicando-lhe que minha mãe havia ido em casa para buscar meu cartão do plano de saúde e me levaria até o hospital.

"Tá bom, universo, essa valeu"

quinta-feira, 21 de julho de 2011

almas incompatíveis?

Não sei se é só comigo, mas você já esteve na presença de certas pessoas que parecem sugar as suas energias?

É estranho. Sabe aquela sensação de "santo que não bate"? É mais que isso, porque, geralmente, quando nosso santo não bate com a de outra pessoa, nos damos mal, brigamos e etc. Não chega a rolar desentendimentos, mas parece que a pessoa tira você de si, te desnaturaliza. 

Existem pessoas que do nada, sem papo, sem você nunca ter visto, te deixa superavontade, como se ela soubesse axatamente o quê e como fazer para você ficar bem, sem esforços pra socializar, você sendo você mesmo. Mas infelizmente existem exatamente o oposto.

Não é uma questão proposital. Parace que as essencias se chocam e uma acaba "ganhando" uma disputa imaginária de personalidade, dominando o ambiente, fazendo que, involuntariamente, outra perca sua força. De boa? Chego a me sentir mal, desconfortável, sufocada. Literalmente sem energia.

Ok, me chamem de louca! Não sei mesmo se o que estou dizendo faz sentido, mas é o que sinto. Será que tá dando pra entender? Eu acho estranhíssimo quando me sinto desconfortável na presença de alguém que é, a olhos vistos, uma pessoa bacana. Mas não pra mim.

E tenho uma lista razoavelmente grande de pessoas que me fazem sentir assim. Não entendo.
Não é uma questão de "ah, é porque você não conhece a pessoa" porque eu já me dei superbem com inúmeras pessoas de cara, só de olhar. 

Freud explica?

terça-feira, 12 de julho de 2011

sobre paixões

            Você já se apaixonou? Quando se está apaixonado por alguém, seus olhos brilham apenas ao ouvir o nome da pessoa amada. Uma vibração estranha invade seu corpo quando ouve sua voz, quando vê seu nome na tela do celular enquanto toca a música que você reservou com tanto carinho para aquele contato. Nada é banal quando se está apaixonado. Cada conversa pode durar intermináveis horas, ainda que o assunto em questão seja o mais tolo de todos.
            Engana-se, porém, aquele que pensa que a paixão está unicamente relacionada à dois corpos. Paixão não está relacionada apenas ao desejo físico. A paixão deve estar entrelaçada na vida como um todo. Apaixonado – e por consequência, feliz - é aquele que consegue fazer com que atividades simples e banais do dia-a-dia se tornem magníficas e esplendorosas.

            Lembro de minha infância, quando minha mãe torcia para que eu fosse médica quando crescesse. Seu maior sonho era me ver vestida de branco, cuidando da saúde de crianças, da mesma forma com que via, admirada, as médicas cuidarem de mim. Coitada. Será que ela não percebia o quanto eu detestava aquele ambiente? Não percebia que minha única consolação nos dias de consulta era conversar com os outros pacientes na sala de espera? Não posso acreditar que minha própria mãe não notava meus olhos brilhando enquanto alguém me contava uma história - qualquer que fosse -para distrair a pobre menininha louca para voltar para casa.
            E até hoje meus olhos brilham. E sei que minha mãe também sente algo intenso dentro de si quando termina de bordar as inúmeras pérolas em um vestido de noiva e vê os olhos de uma jovem moça brilharem ao olhar seu reflexo no espelho. Eu sei por que nós três dividimos o mesmo sentimento, ainda que empregados de formas diferentes.
            Da mesma forma com que minha mãe, ainda que com o punho esquerdo sempre dolorido devido os mais de 15 anos dedicados à profissão, enfeita delicada e cuidadosamente o traje mais importante que uma mulher pode vestir, me ensinaram a ouvir cada história como se fosse a última a que eu pudesse me deleitar.
            Ela sempre choraminga de dor. Dói a tendinite que a impede de muitas fezes segurar uma garrafa de refrigerante. Mas suas palavras nunca mudam quando pergunto por que não larga a vida dos bordados: “eu amo muito o que faço”, diz olhando nos meus olhos.

            Cada noiva é única para minha mãe, ainda que o vestido alugado seja o mesmo. Assim somos nós, aspirantes a jornalistas. Nenhuma história é igual à outra. Nenhuma marca, nenhuma cicatriz, nenhuma lágrima, nenhum sorriso. Ninguém é igual a ninguém. A forma de lidarmos com essas diferenças não vem descrita em nenhum manual. Dia após dia, minha mãe descobre um novo bordado e eu, uma nova forma de reportar a vida de alguém.

            Pela vida de minha mãe, passaram patroas e amigas que a ajudaram a desenvolver sua arte. Pela minha, ouve, em especial, um mestre. Não me esqueço de suas palavras: “você nasceu para escrever”. Se foi pra isso que eu nasci, ainda não sei. Mas sei que quando o faço, sinto borbulhar algo forte, que me pressiona até que eu acabe de escrever. Aquela frase despertou em mim uma paixão adormecida. E desde então, aquela mesma voz vem me ajudando a nutrir e desenvolver esse sentimento. A mesma paixão que me arrebata quando alguém escreve em mim sua história através de palavras ditas e gravadas em meu pequeno gravador e em minha memória.
            E essa experiência não é exclusividade minha e de minha mãe. Não é algo que ela me transmitiu pelos genes. Existe uma paixão em cada um de nós que nos faz capazes de tornar algo diferente de tudo o que possa parecer se assemelhar. E o fazemos de tantas a tantas formas. Escrevendo textos secretos, compondo raps impactantes, adornando vestidos brancos, vestindo camisas vermelhas e pretas. São paixões que borbulham. São sentidos, sentimentos e sensações que nos arrebatam e nos transformam em indivíduos, não em números. E nós, por vez, individualizamos o que possa simbolizar nossas paixões.
            Essas palavras podem até parecer copiadas de algum livro de auto-ajuda perdido numa estante empoeirada de um sebo. Que pareçam, então. Mas você há de concordar que, sem paixão, não se chupa  nem um picolé.

sábado, 25 de junho de 2011

metade de mim
agora é assim
de um lado a poesia o verbo a saudade
do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim

e o fim é belo incerto... depende de como você vê
o novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar..

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Meu aniversário

No sábado, dia 7, foi um saco.
Não comemorei porque a minha tia resolveu casar justamente no meu dia e meus pais foram padrinhos. Eu me conformei e fui.
Não vale a pena nem falar sobre.
Vou apenas mencionar que quando chegamos a noiva já estava no altar e meus pais tiveram que entrar pela sacristia. #tenso.

Daí que domingo, dia das mães, eu comecei a sentir uma vibe de festa surpresa. Claro, não vou dizer que sabia, mas suspeitava.
Primeiro que durante a semana a Hosana me surge no msn e pede meu endereço. Eu dei completo e ela responde "não precisa de CEP não". Logo desconfiei que ela poderia estar fazendo um mapa pra dar àlguem que não sabe onde eu moro.
E ontem, depois do almoço, o telefone toca e minha mãe atende:
-Alô?
Longo silêncio
-Hum.
Mais silêncio
-Ahan. Tá, tchau.

-Quem era, mãe?
-Ah.. a Dona Angela falando blablablá
-Ahan. Tá, senta lá, Claudia.


Tá, me fiz de besta e fui pra casa do Giuseppe. Telefone dele toca e eu atendo porque ele estava tomando banho. Era a minha mãe perguntando se eu já ia pra casa e dizendo pra eu não demorar. Eu digo que vou chegar tarde mas vou logo pra casa.
No caminho, a mãe do Dudu, amigo meu, me liga me dando parabéns e perguntando se o Du já tinha chegado lá em casa porque ele disse que ia ter festa. KKKKKKKKKK!!!!!
A minha desconfiança virou certeza!!!
Cheguei de fininho, abri o portão e corri e gritando SURPRESAAAAAAAAAAAA!!!! hahahahahaha

A festa surpresa que eles me armarão foi mais surpreendente pra eles do que pra mim!
Me diverti muito! Vocês tinham que ver a cara do povo!
Mas como não tinha chegado a galera toda, eu fiquei dentro do quarto esperando eles aparecerem e quando estavam todos prontos, apagaram a luz e eu apareci ME SURPREENDENDO COMO NUNCA! hahahaha

Foi ótimo! Descobri até que tinha um grupo no Facebook chamado "Missão: aniversário da Déh"!
Aiai, esses meus amigos não existem!
Amo muito...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Amanhã é meu aniversário!!!

Isso mesmo, eu ainda tô esperando meus 15 reais de presente pra comprar meu Notebook!
Enquanto isso, não vou postar nada aqui, pra quando alguém acessar, lembrar logo de cara! hahaha
Beijos!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Campanha "60 por 1"

"Preciso muito de um notebook. Não é capricho, mas real necessidade. Meu computador atual não é mais suficiente e cada vez mais preciso de internet móvel para trabalhar e estudar. Entretanto, como boa estudante que sou, vivo sem dinheiro e fazer tal compra é completamente fora de cogitação. Que tal meu amigos e familiares fazerem uma vaquinha e me presentearem no meu aniversário que será no próximo dia 7?"
 É dessa forma que tento cativar meus amigos no Facebook a participarem da vaquinha para um notebook como presente do meu 19° aniversário. 
Há tempos eu tô querendo um note porque o meu PC já deu o que tinha que dá. É difícil conviver com uma máquinha que vive dando pau, cheia de arquivos pesados que meu irmão instala sem minha "permisão" e que não me proporciona a versatilidade de carregá-lo pra onde eu quiser. 
Então estou lançando a campanha "60 por 1": 60 amigos, 15 reais cada, 1 notebook de aniversário pra mim. Se você acha que eu sou merecedora de seus 15 suados reais, então participe dessa campanha, você só tem a ganhar:
*Mais posts para o Sollyorks: com um notebook, vou blogar de qualquer lugar, aumentando o número de postagens legais do seu blog preferido!
*Mais tweets: Quem me segue no Twitter ( @TPMdeBorboleta) terá sua timeline muito mais divertida com meus tweets a todo momento!
Dentre muitas outras coisas legais que se pode ter quando uma blogueira/tuiteira/repórter tem um notebook sempre em mãos!
E caso se sinta "desconfiado com o destino do seu dinheiro", fique tranquilo. Pode confiar em mim. Mas para o caso de minha palavra não ser o suficiente, preparei o "DÚVIDAS FREQUENTES"!
#1 "Se eu for o único a contribuir e você gastar todo o dinheiro em drogas?" Relaxa, eu divido a maconha com você. 
#2 "Promete que não gastará todo o dinheiro com balas, doces ou baldes de cerveja na Furacão 2000 pra você e seu namorado?" Prometo só a parte da "Furacão 2000". 
#3 "E se você não conseguir alcançar o valor do notebook, vai gastar com bobeira?" NOT! Não vou desvalorizar o carinho que as pessoas tiveram em colaborar na minha campanha. Se faltar muito pro notebook (uns 500 reais), eu compro uma câmera digital pra postar fotos bem legais aqui, mas se faltar pouco (uns 200), eu dou entrada no note e pago o resto em pretações.
É isso, gente. O notebook que eu quero é esse aqui e custa 949,05. Até o presente momento, já alcancei a incrível marca de 205 reais! VIVAAAA!!!! Ainda falta muito, por favor, colaborem. valores a partir de 15 reais serão extremamente bem-vindos. 
Caso queira participar, deposite "meu presente" na conta poupança 60.008430-0, agência 1521 - Santander.
Beijos imensos!
 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Piriguete não sente frio

Há muito tempo eu falo isso. É uma longa reflexão baseada em estudos sociológicos desenvolvidos no espaço urbano (tradução: passava pelas ruas e percebia): gente, porque piriguete não sente frio?

Não existe estação do ano que eu ame mais que o inverno.
Imagina: ficar livre de protetor solar - fator 60, baby -, daquele suor descompensado, das sombrinhas pra me livrar do sol de 400° carioca, dentre inúmeros outros incômodos que o verão - ou o "inferno", como preferirem - me trás.
E sabendo disso, é fácil perceber que o inverno representa uma superprodução, toda um pensar e refletir sobre. Sobre o que vestir, claro.

Mês passado eu já comprei dois casaquinhos lindos - Clock House, sua linda, você é d+! - pra começar a minha própria coleção de inverno, que inclui calças, luvas, cachecóis, toucas/chapéus e botinhas que ainda vou comprar com a graça do Senhor! Ouvi um Amém, meninas?

Frio é coisa séria. Me arrumo mais, capricho mais na cabelo, make e perfume - porque estou livre do protetor - e saio de casa como uma diva, pronta pra fazer valer o inverninho que Deus nos últimos anos resolveu nos dar. Mas o que acontece, o que encontro? Hã? É. Eu pareço ser a única com frio.

Ontem, voltando pra casa com meu pai por volta das 23hs, vejo pela rua umas meninas daquele jeito: bermudinha, camiseta, havainas e o caralho, curtindo o auge "verão". Imaginem a minha cara. Primeiro eu senti frio por elas e depois me pus a perguntar: "Senhor, porque que todo mundo sente calor, menos eu?!" - lembrei da véia do vídeo.
Olho pro meu pai, todo encasacado e me sinto melhor, mas ainda assim não consigo compreender.
Eu passo toda agasalhada e ainda batendo os dentes enquanto algumas meninas passam fantasiadas de dançarinas da Furacão 2000 como se estivéssemos sob um sol de rachar.

Já até brinquei dizendo que neste inverno vou trocar todos os meus casacos por shortinhos da HBS e blusinhas da PXC porque, ao que tudo indica, piriguete não sente frio.

sábado, 23 de abril de 2011

Semana Santa

Quinta-feira Santa:

Mãe: Não olha agora, mas tem um Restart no meio de nós.
Eu: Onde?
Mãe: Ali na porta da Igreja.
Eu: É o irmão da Shayne, mãe!


Distribuição de pãesinhos

Eu: Vamos lá pegar, Sanna?
Hosana: Sim, vamos.
Como um pedaço do pão.
Hosana: O padre acabou de falar que é pra levar pra casa e dar pra alguém que você ama muito, mas não pôde vir hoje. Depois eu que não presto atenção no que o padre fala.

Chegando em casa

Eu: MÃE, cheguei.
Ela levanta correndo, vai pra cozinha, pega o resto de frango da panela, coloca um pote e enfia correndo na geladeira.
Eu: Tá maluca, mulher? Tô cheia de fome, vou jantar.
Mãe: SÃO 00:30 SUA LOUCA, 00:30! Vai comer carne? Já é sexta-feira.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Oh, não! Testemunhas de Jeová!

Eles batem no seu portão, soltam seu melhor sorriso colgate e um bom dia tão carinhoso que fica difícil dizer "ah, não! Vocês de novo não!".
Gente, Testemunha de Jeová, pra quem não sabe, é uma religião estranha, que é cheio de "não podes" - não pode comemorar Natal, Páscoa, aniversário! Mas beleza, a questão não é essa, até porque eu respeito muito a escolha religiosa de todos - afinal, fazendo o bem, que mal tem, né não? 

Mas é que...

Pareceu que não é recíproco esse respeito.

Desde de pequena, eu fujo daquelas beradas sombrinhas que aparecem por cima do portão - e acho que você também já fugiu pelo menos uma vez na vida! Não que eu seja do tipo "cabresto" que se nega a conhecer a religão alheia, mas é que eles não perguntam se estamos dispostos a interromper, sei lá, uma faxina pra travarmos um debate no portão sobre o que a Bíblia DELES diz.

Eles acham que, por não nos ver no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, não não temos uma crença, um caráter religioso ou o hábito de ler a Bíblia ou rezar. E quem não tem isso - FODA-SE! Escolha de cada um!

Agora há pouco uma Testemunha de Jeová bateu aqui em casa chamando por "LEONARDO", o nome do meu irmão! Cara, olha que intimidade! O pobre do meu irmão abriu o portão outro dia e um cara começou uma palestra sem o Léo ter concordado. "COMO EU IRIA DIZER QUE EU NÃO TAVA A FIM DE OUVIR?", questionou o meu irmão. E é mesmo. Não é qualquer pessoa que consegue dizer "Na boa? Tô a fim não. Se eu tiver alguma dúvida, domingo, quando eu encontrar o Padre lá da Paróquia, eu pergunto a ele".

Aí eu fui abrir o portão e a mulher perguntou "o Leonardo esta?"
Claro que eu perguntei sobre o que era, porque o meu irmão é uma criança e eu não dou mole pra bandido, não! rs
Ela disse que na semana passada um cara veio, começou uma palestra e restou uma dúvida que ela veio sanar. VÊ SE PODE! 

DU-VI-DO que o Léo tenha dito "hã? Não entendi essa parte. Jeová e Javé é o mesmo que Deus?" ou coisa parecida. O léo queria mais que o pentelho fosse embora, não que a "palestra" continuasse dias depois.

Não teve jeito. Disse que não, que aqui em casa o nosso caráter religioso é diferente e que o Léo tá formando ainda esse caráter. Claro que ela falou que o objetivo era falar da Bíblia, não da religião, mas eu rebati que a Bílbia protestante e a Bíblia católica têm diferenças - nós temos mais livros -, mas ela discordou novamente. Tá vendo? Discutir religião é muito complicado. Por isso eu resolvi clicar no X dessa conversa.

"Tá bom. Mas dá uma olhadinha em João 17, 17 que na próxima vez que eu voltar a gente conversa".

NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOO!!!!!!


P.S.: Joguei "testemunha de jeová" no google e apareceram várias fotos do MICHAEL JACKSON!
P.S. 2: O post vai ficar sem foto mesmo, mas clique aqui pra ver esse site bizarro sobre o assunto.

Bebida


Eu bebo? Não sei. Talvez um copo ou dois só pra zuar, mas nunca fui de beber. Nem Giuseppe bebe, no máximo uma latinha de não sei o quê com Coca-Cola, nada demais.
Achava mó Cool beber com os amigos, ficar "alegrinho" o suficiente pra dançar sem vergonha e pegar geral - não que eu fizesse isso -, mas hoje eu acho que isso seja até mesmo covardia, falta de coragem de fazer com a cara limpa.

Okay, você bebe, rebola até o chão traça todo mundo e tá me achando babaquíssima por dizer isso. Beleza, pare de me ler, mas saiba que é a minha humilde e singela opinião e eu vou explicar o porquê dela.

Tava conversando ontem com uma amiga enquanto viajava até Serotexas e falávamos sobre vícios. Não estou dizendo que quem bebe eventualmente é alcoólatra ou coisa do tipo, mas acabei refletindo sobre o "porquê de beber".

Sinceramente, não vejo benefícios na bebida. Você bebe, fica fora de si, fala besteira, faz merdas, pega mulé feia, diz na cara da namorada que a sogra é uma bruxa fedorenta, vomita, tem que voltar carregado pra casa, passa vergonha, gasta muito dinheiro e no final pra onde vai tudo isso? Pro vaso sanitário, seja em forma de urina ou vômito. Sem falar que fica com uma puta ressaca no dia seguinte, cheio de dor de cabeça, não lembra do que aconteceu, fica naquela dúvida "pô, será que se aproveitaram do meu cu de bêbado ontem?" e ainda ganha uma linda barriga de chop. Ah, gente, tenha dó!

Eu tenho muitos amigos que bebem mas eu nunca o vi passando por isso. Prete atenção, eu nunca VI, mas sei de casos, ah se sei! E posso falar? Se um deles exagerar na bebida, não conte comigo pra levar pra casa e fazer café amargo. Mandei beber? Abri a boca dele e joguei cerveja dentro? Não, né? Bebu porque quis, não tenho culpa nenhuma. Então, vamos logo combinar: se beber e quiser se jogar em frente a um carro fique a vontade, porque tomar conta de bêbado não é pra mim. 

E na verdade nem sei o que as pessoas que bebem veem de bom em ficar "altinho". Uma vez bebi uns ICEs - olha que mulézinha que eu sou! - e fiquei meio tonta e não gostei nenhum pouco. Fiquei com vontade de dormir e rir ao mesmo tempo. Vergonha total.

Não é muito provável que vocês me vejam bebendo, mas isso pode acontecer. Não porque eu quero ficar bêbada, dançar até o chão e o caralho, mas porque eu gosto do sabor da ITAIPAVA apenas. Só.

Pronto falei. Acho desnecessário demais.
Lá na Rural tem muita festa e barzinho toda noite e eu digo: se sentir vontade de ir em alguma festa não esperem que eu beba até ficar fora de mim para dançar até dizer chega - porque pegar alguém é fora de cogitação, né? Alô, Giuseppe! -; isso eu sou capaz de fazer com Coca-Cola.

Pra finalizar, vou contar um causo de ontem no ônibus vindo da Rural.
Estava com os amigos que sempre pegam o "Nilópolis" e logos percebemos a presença de um cara estranho, que nunca havia pego o ônibus conosco. "Nunca" também não sei, mas eu nunca o vi.
Um cara bonito, sabe? Alto, branco, olhos azuis, sorriso largo e tal. Mas BÊBADO. Aliás, TRÊBADO!
O cara tava que era só cachaça! Sentia o cheiro de longe! Aí já viu: começou a falar um monte de merda e a mexer com todo mundo, inclusive comigo, que logo mandei "ah, otário, vai tomar no cu!" porque falou umas merdas bem merdas mesmo. Até com o Dudu ele zuou, acredita? Pegou o livro Ágape do Padre Marcelo Rossi e avacalhou o pobre. Dudu, garoto educado, ignorou. Eu não tenho educação, beijo me liga.

Só sei que o indivíduo estuda Física e tava indo pra casa da tia em Jardim Palmares. Um idiota.
E é isso que eu quero dizer. Às vezes o cara é um gênio, super legal e educado, mas quando bebe vira um imbecil que falar asneira e perde todo o respeito.

Então, fechando o bonde, só digo uma coisa: bebida, pra quê te quero?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

E lá vamos nós de novo

Não vou fazer juras de amor eterno ao blog de novo porque não quero manter uma relação baseada em mentiras com vocês, portanto: tô sem saco!
Talvez não "sem saco", mas sem inspiração.
Alguma sugestão?

terça-feira, 12 de abril de 2011

A louca em pânico


Eram 9 da manhã e eu estava indo pro Odeon, Cinelândia.
Não sei vocês, mas quando preciso fazer este trajeto, pego o ônibus, salto na Pavuna e pego o metrô.
Beleza.

Daí que eu estava sozinha no ônibus, toda linda e produzida, sentadinha no banco do corredor.
Quando o ônibus estava no centro de Nova Iguaçu, entra um homem e senta na fileira de bancos ao lado, um pouco a frente. Normal, né? Claro, normalíssimo. Se o cara não parasse de me encarar seria perfeitamente normal!

Gente, me chamem de louca, neurótica, imbecil, do que for!, mas eu simplesmente não tava aguentando mais aquele cara virando o corpo pra trás o tempo todo pra ficar me olhando. Aí começou o pânico.
O ônibus ia seguindo a viagem e nada de o homem parar. Eu comecei a ficar tensa, afinal, ele provavelmente saltaria no ponto final - assim como eu -, subiria a passarela - assim como eu - e pegaria o metrô - ASSIM COMO EU!

Ah, não dava não. Eu ficaria nervosa até chegar meu destino? E se o cara fosse um "mau feitor"? rs. É sério!

Aí começou o monólogo mental.
Tente acompanhar:
"Jéssica, salta enquanto há tempo. Você vai mesmo ficar a viagem toda preocupada com o cara? 
Mas não deve ser nada demais. É apenas mais um cara no ônibus que não tem vergonha de ficar olhando descaradamente um moça bonita. 
E se não for só isso? E se o cara realmente estiver com más intenções? Tô tensa, vou descer! 
Descer? Que vergonha, meu Deus! O cara vai ficar se perguntando se eu sou alguma espécie de louca! Ai, Jesus, o último ponto de ônibus de Nova Iguaçu se aproxima; se eu quiser descer essa é a chance, porque depois que ele subir a Via Light eu vou estar fora do meu território, vou entrar num lugar 'desconhecido'! 
Isso é bobagem! O cara apenas..."

O último ponto de ônibus chegou e eu permaneci sentada, fazendo pose se estátua e cara de má (?!).
Mas eis que o ônibus para pra um passageiro embarcar.
"MOTORISTA, EU VOU DESCER, ABRE A PORTA!!!!" e saio correndo. rsrs

E o homem? 
O homem me seguiu. 
Calma, gente. 
Ele me seguiu só com o olhar. rsrs
Ficou lá olhando pra mim, sem entender nada.
Quando desci, pensei "Sua louca!!! Vai procurar tratamento!!!!"

Contei pra um amigo e ele disse: "Pô, o cara poderia ter pensado 'nossa, menina bonita! Vou chamá-la pra ser modelo da minha agência... opa.. foi embooora. Pena'".

É, poderia ter sido assim.
Ou não.
Não quis ficar pra ver. rsrs
Me chamem de maluca.

domingo, 10 de abril de 2011

Cuide de mim. Cuide de si.

É engraçado como sofremos pelos outros. Me refiro a dor de quando uma pessoa que amamos muito não esta bem. Parece que nós também não estamos, porque ela faz parte da nossa vida de tal maneira que sentimos...

Bom, a verdade é que tentei completar a última frase mas não consegui. Acho que é porque este sentimento é imensurável. É incrível como apesar de tudo o que fazemos seja mais próximo do perfeito possível, não é suficiente quando alguém que amamos muito vai mal.

Talvez sejam nesses momentos que percebemos que não há dinheiro, não há status, nem mesmo sensações particulares que se comparem à uma relação afetiva que temos com outro ser humano.

Tá parecendo palavras sortidas, eu sei. É que eu quero chegar numa coisa: eu aprendi que não devemos apenas nos cuidar porque é importante para nós mesmos, mas também é importante para o outro.
Certa vez eu estava pensando: "se eu morresse hoje por uma fatalidade da vida ou por um 'discuido' meu, minha família sofreria demais". Cara, é verdade! 

Neste mundo, não estamos sozinhos - às vezes parece o contrário, rs. Eu sei que há pessoas que se importam verdadeiramente conosco, que se alegram com o simples fato de existirmos e que com certeza sofreriam muito caso algo nos acontecesse. Eu sei porque eu sou uma dessas pessoas que sentiria uma dor inenarrável se alguém que eu amo...

E eu sinto.

Nesta semana aconteceu uma coisa muito triste. Aliás, duas coisas. A primeira foi a tragédia em Realengo. A segunda, bem menos famosa, foi a perda que uma familia de amigos sofreu por uma pessoa muito querida que tirou a própria vida.

Esse caso me fez refletir muito sobre isso. No caso da "chacina da escola", eu pensei "poxa, eles não tiveram escolha; alguém escolheu tirar a vida daquelas crianças e ponto". Triste, não? Imensamente triste. Mas e no caso do suicídio? Ela tinha escolha. E optou... Não fui uma fatalidade, foi uma escolha. Isso que é pior.

Por favor, eu não estou ridicularizando-a. As pessoas que comentem este ato devem ter milhares de razões, mas... e as outras? E quem ficou? E quem sofrerá sua perda? E quem sentirá uma parte de si morrer quando ver que a outra esta morta? Isso me dói tanto, tanto. Eu tenho tanto medo que isso aconteça comigo. Tenho medo de que alguém que eu ame faça a escolha errada e, assim como aquele assassino, escolha me matar sem a minha permissão. E é claro que eu nunca permitiria.

Agora é tão claro dentro de mim o quanto eu preciso me cuidar, preservar minha integridade. Eu preciso fazer isso não para evitar minha própria dor, mas para evitar a dor de quem esta ao meu lado.
E peço o mesmo de todos que me cercam. Cuidem de si. Cuidem de si para assim cuidarem de mim, porque na verdade, eu sou uma fraca que não suporta a ideia de sentir dor com a sua dor, com a sua perda.
Cuidem de si porque assim vocês estarão dando a maior prova de amor que pode oferecer a alguém. Porque para que vivamos plenamente, é preciso estarmos cercados daqueles que nos fazem bem. Por favor, não nos privem dessa alegria.

Sem mais.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Conversas - parte III

Telefone toca (não hoje)

-Alô?
-Amiga, quer comprar uma bolsa?
-Tá vendendo bolsa desde quando, Hosana?
-Não, só tô vendendo uma.
-Que bolsa?
-Ah, uma bolsa que eu ganhei da minha tia e eu não gostei.
-Porra, Hosana! Você vai me vender uma bolsa que você ganhou?
-Eu vou! Sei que de qualquer forma ela vai terminar na sua casa mesmo...
-Então porque você simplesmente não me dá a bolsa?!
-Porque eu preciso de dinheiro, ora bolas! Já que ela vai ficar contigo, me paga, pôxa!

Amizade? Não quando se envolve dinheiro...

Conversas - parte II

No msn

Douglas diz:
* Cara, o preço da passagem subiu de novo! O Salutran tá custando R$ 2,50

Déh diz:
* Agora que você viu isso? Todos os ônibus estão R$ 2,50!
Douglas diz:
* Que absurdo!!!
Déh diz:
*Para de palhaçada! São só 0,20 centavos.

Douglas diz:
* Mas a questão não é o quanto subiu, mas o período curto de tempo em que ele subiu! Vamos fazer um protesto! Vamos acampar na porta da prefeitura e reivindicar nossos direitos! Isso é um absurdo! Não basta o metrô estar caro também? Onde vamos parar? Temos que nos mobilizar!!!
Déh diz:
* Douglas, na boa? Tô morrendo de cólica abdominal aqui. Minha única preocupação no momento é em fazer pum. Depois que isso acontecer, a gente pensa em protestos, pode ser?

Conversas e comparações

Telefone toca.

-Alô?
-Ô, mulé, o que que você tem?
-Ah, Hosana, tô com uma cólica abdominal aqui me matando! AAAAAi!
-Então vai no banheiro!
-Não esse tipo de problema. Eu já fui no banheiro e o negócio tá fluindo. AI!
-Mas você precisa soltar pum. Toma um remedinho.
-Vou tomar. A minha vó me deu... [pausa pra ler a caixinha do remédio] Buscopan! ;)
-Buscopan é pra dor, sua louca!
-MAS TÁ DOENDO! [chorinho]
-Você tem que fazer pum, menina! Toma remédio que te faça punzar.
-Hum... tá. Dá licença então que eu vou tentar. rsrs
-Tá. Mais tarde eu passo aí pra levar um remédio bom que eu tenho aqui.

Telefone toca de novo.

-Alô?
-Fala.
-Amor, tô passando mal... [dramatizando muito]
-O que você tem?
-Aquela cólica abdominal de matar. Não consigo me mexer...
-Tomou remédio?
-Tomei.
-Então vai passar. Deita e dorme.
- o.O Tá...
- ...
-Beijo, tchau.
-Beijo, tchau.
Tututututututu...

Acho que vou começar a namorar com a Hosana. rs.


Péra, o telefone tá tocando mais uma vez.

-Alô?
-Não tenho mais o tal remédio não.
-Tudo bem, amiga, já tô melhorando - deve ter sido o positivismo do Giuseppe!, pensei.
-Que bom. Mas se voltar a doer, minha mãe falou que você pode tomar buscopan. xD

Essas somos nós, amigas até nos momentos mais difíceis.

P.S.: Acho que foi castigo, porque a gente ficou zuando a véia que ficava "vinte dias sem dar uma bela de uma cagada". Não é o meu caso - deve ser o da Hosana -, mas a dor é semelhante.
Cadê o travesseirinho da unção quando a gente precisa dele?

terça-feira, 29 de março de 2011

Pra dar risada

Esse vídeo é bem velho, mas eu, antenada que só, descobri ele ontem de noite. Chamei o Léo pra assistir e nós dois acordamos a casa toda com nossas gargalhadas enlouquecidas. Minha vó.. nem preciso dizer, né? Passou mal de rir. Na verdade eu acho que ela ficou até pensando em comprar o produto milagroso... enfim. Assistam!


Detalhe: esse é o primeiro vídeo que eu posto aqui.

QUE DIA LINDO!


Às terças-feiras eu trabalho numa escola municipal dando oficina de Rádio no programa Mais Educação. Legal, né? Óbvio que não! Dã! Legal no começo e quando o cheque chega, mas aturar aquelas... doçuras não é mole, não. Talvez até seja "bacaninha" - não consegui termo melhor -, mas acontece que lecionar não é a minha mesmo!

Posso até estar sendo meio dramática, até porque a carga horária é facinha. É assim: eu tenho que chegar lá às 8, ficar até às 11, voltar às 12:50 e sair 16hs. Moleza, certo? Sim, se fosse em outra coisa, mas lembre-se que se tratam de DEZENAS DE CRIANÇAS ENSANDECIAS! Saio de lá acabada e ainda vou pra faculdade.
Mas hoje, eis que o Senhor Deus, todo bondoso, generoso, compassivo, piedoso, amoroso, leal e parceiraço, resolveu pôr a mão na cabecinha dessa sua filha aqui e mandou um chuvisquinho de manhãzinha, fazendo com que a escola cancelasse o horário integral hoje. VIVA!!!!

Não entendeu? É difícil de entender mesmo. Acontece que são três "oficineiros" que dividem as crianças em três grupos para darem suas respectivas oficinas. Algumas crianças, acompanhadas pelo oficineiro, vão pro espaço parceiro - um lugar no bairro onde as crianças podem fazer essas atividades - e outras ficam na quadra da escola. Só que quando chove, não dá pra eles sairem e a quadra tem um telado que parece uma peneira. Aí não tem jeito, né, gente? Que peninha. 

Pena maior ainda é a que eu estou sentindo agora, olhando pela janela e vendo esse céu azulzinho e esses sol lindo e radiante brilhando... aiai. Sem falar das mães daqueles anjos, que hoje, infelizmente, terão que aturar seus bebês no horário em que não têm aulas. Triste, né?

(suspiro) No fundo, no fundo - beeeeem no fundo mesmo - eu sei que eu poderia dizer "que isso? Claro que dá pra trabalhar com eles com esse chuvisquinho! Nem chuva isso é! É só pra 'refrescar a terra', povo!", mas quem disse que eu sou boba? Vou ver desenho, isso sim.
Beijos.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Tô a fim de ser jovem - parte I

1) jogar fora a agenda.
Hoje um colega da minha turma de Jornal* achou na mochila dele um embrulho verde. Era uma agenda preta 2011. Deve ter sido algum parente que fez a surpresinha. Ele não AMOU muito, mas eu sim. Achei bem fofo. Mas eu acho que gostei mais da maneira com que ele ganhou do que o presente propriamente dito, sabe? Achei carinhoso. E agora eu tava pensando: será que eu teria gostado da agenda?

Vamos analisar: "agenda", pelo menos na minha cabeça, é um instrumento que domina o seu tempo. Você abre a sua agenda, anota tudo o que deve fazer, confere se haverá alguma horinha disponível, essas coisas. Mas será que esse instrumento não torna a vida muito "mecânica"? Não me interpretem mal, por favor. Sei muito bem que uma agenda é muito importante em inúmero casos, entretando acho um pouco disnecessário para um cara de 18 anos. E você sabe porque a pessoa resolveu lhe dar justamente uma agenda? Porque "universidade" é sinônimo de "seriedade", o que eu discordo.

Pra mim, universidade é uma fase, não um lugar. Hoje no ônibus, refleti rapidamente em como uma pessoa passa sua juventude toda ensaiando o que será em sua fase adulta. 
Dia desses eu ouvi um pensamento excepcional: "Um jovem vai pra faculdade e compra uma mochila. Quando ele vai fazer mestrado, a primeira coisa que faz é comprar uma pasta - de couro - e colocá-la debaixo do braço". Percebe a complexidade da situação? Estão roubando a nossa juventude! Quem? Não sei. O que sei é que, involuntariamente, estamos dando-a de mão beijada.

Tudo bem, ria, deboche de mim, mas antes pense sobre. A juventude tem um valor tão incrível que chega a ser difícil de ser explicado. E parece que eu e mais milhões de outros jovens temos um único objetivo: nos tornar adultos. Adultos cheios de compromissos, de agendas lotadas, de salários altíssimos, de teses sobre a vida, de pensamentos e de verdades absolutas. Mas e a dúvida? E o erro? E o tempo livre pra nos deliciarmos simplesmente conosco mesmo? E a bermuda e o chinelo?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Morre não, hein!

Fui dormir bem tarde essa matina nessa noite. Fiquei no msn batendo papo com uns amigos, tuitando, fuxicando a vida alheia e tal. Daí que 1 da manhã, bateu o sono e quando eu fui na cozinha, vi que tinha uma pia cheia de louça me esperando. Delícia, né? Fui durmir às 2, caindo pelos cantos.

Quando deu 4:30, acordo com o meu irmão sufocado, coitado! "Déh, não consigo respirar! Meu nariz tá muito entupido!" e botando sono no porta melecas.
Eu como sou uma excelente e prestativa irmã mais velha, levantei, dei água e acalmei a criança, porque nervosa a situação só ia piorrar, certo?
Aí eu disse: "Vamos lá, respire pela boca devagarinho". E foi. O pobre parou de chorar de desespero e voltou a respirar, não tão bem, mas tava respirando e é isso que importa!

"Respire o suficiente para se manter vivo"


"Já tá melhor?", perguntei. ele disse que sim. "Ah, então ótimo, Fica ai sentadinho que eu vou voltar a dormir!" hahahaha. E ficou! Não sei se conseguiu voltar a dormir, só sei que acordei de novo às 6 com a minha mãe me chamando para acompanhá-los ao hospital. E acredita que a safada ainda brigou comigo?! "Porque você não me acordou?". Pra quê? Pra levá-lo ONDE, se nem carro temos? Prefiro que ela chegue atrsada no trabalho, do que passar o dia inteiro trabalhando cheia de sono, concorda?

Minha progenitora, cheia das tretas e conchavos que só - pra vocês saberem com quem eu aprendi! -, ligou pruma conhecida que é enfermeira e o Léo foi o primeiro a ser atendido. Quando ele foi atendido, a médica disse que tomaria uma bela de bezetacil na busanfa! Eita, coisa boa! hahahaha
Vocês tinham que ver a cara do moleque! O bichinho chegou a suar frio! #morri! Sorte que a tal amiga da minha mãe se compadeceu do pobre e deu injeção com anestésico. =)

Agora ele tá ali, jogadão no sofá. Tadinho. Deu pena, sabe? Mas né, fazer o que? Eu avisei que ia fazer mal dormir com o ventilador ligado no máximo e bem na cara dele, mas quem disse que ele me escutou? Agora segura a agulhada no bundão!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Feliz Ano Novo, pessoal!

No nosso caso, o ano novo é hoje, 9 de março.
Vamos, então, nos despedir do carnaval e começar, enfim, 2011, afinal, já tá na hora de colocarmos em prática todas as nossas promessas de virada, né?

Nãaa..

Vamos apenas seguir a vida, um dia após o outro, com um único objetivo: ser feliz!
Combinado? Tá valendo!

Beijos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Parabéns, muié.

Imagem: internet

Mulher, mulher, mulher, mulher, mulher, mulher, mulher... ♫

Deixando de lado a música que é o auge da criatividade que um compositor pode ter, quero desejar um Feliz Dia da Mulher à todas as mulheres do mundo. Um beijo a todas que, dia após dia, vem provando não ser o sexo frágil, mas sim, símbolo de força, de garra, superação, jogo de cintura e claro: beleza.

Só que...

Acho que neste dia deveríamos nos lembrar dos homens.
Calma, relaxa aí, feminista de plantão. Deixa eu brincar, oras!
Quero dizer que os homens devem ser parabenizados também, por que hoje, mais que em qualquer dia do ano, eu me lembro o quanto é difícil conviver conosco, concorda?
Diz que é fácil aguentar as nossas manias, frescuras e manhas. Diz que é fácil ser o príncipe encantado que nós exigimos que eles sejam. Diz que é fácil conviver com a nossa TPM, fúrias e complexos. Diz que fácil aguentar os nossos discursos sexistas, nossas preferências por comédias românticas, nossas horas nos arrumando antes de sair. Diz aí, que eu quero ver! Cumpade, só amando muito!

Digo isso porque eu sou mulher e não aguento! O máximo dos extremos que eu alcanço é o fato de ME aguentar, porque olha.. vou te contar! Na minha casa somos três mulheres e dois homens, e é muito mais simples conviver com o meu pai e me irmão, do que minha vó e minha mãe. É muito mais fácil levar amizades com homens, do que com mulheres. E é por isso que eu namoro um homem! hahaha

Repito: sossega a periquita aí. Eu não tô desmerecendo a mulherada, não senhor! Somos fodas e merecemos parabéns hoje e durante todo ano. Mas o negócio é que somos um problema em belas formas e curvas. Então hoje, além de mandar um beijo e parabéns à nós mulheres, mando também pros homens, que tentam - veja bem: eu disse "tentam" - desenvolver todas as suas obrigações,impostas por nós, eternas exigentes. Mas uma coisa é fato: só exige quem pode. E nós, mulheres desse Brasil-Baranil, podemos tudo!

Beijos, seus lindos! =)

@TPMdeBorboleta

segunda-feira, 7 de março de 2011

Vivendo e aprendendo


A palavra "infelismente" não existe. Aliás, pode até existir, se, assim como eu, mais pessoas espertas escrevem-na. Mas até que isso aconteça, se escreve "infelizmente" tá, Jéssica?!

Beijos.

P.S.: Dedico este post à Giovana Gabriela, que me chamou de burra da maneira mais sútil que existe. ¬¬

domingo, 6 de março de 2011

Huuuuum, cupcake!

Cake-Sollyorks. Saudades dele por aqui. ;)
Coloridos, com cobertura de chocolate, com confetes, marshmallow... ah, os cupcakes!
Não sei se vocês sabem, mas em alguns shoppings do Rio de Janeiro - não o pobre shopping de Nova Iguaçu, infelismente - existem quiosques maravilhosos da Vintage Cupcake!

Até pouco tempo, eu nunca tinha comido, só babava pelas imagens da internet e nas descrições que os amigos faziam. Daí que mês passado eu fui num shopp' xiki - rs - e me deparei com aquele stand liiiindo, todo coloridinho, todo fofo, com aqueles cupcakes ma-ra-vi-lho-sos como principal "objeto decorativo". Aiai, #morri!

Foto: Vintage Cupcake
Comi esse primeiro da esquerda aí da foto, o de marshmallow. Delícia. Tem recheio de calda de morango e vem com uma caixinha charmosérrima, mas acho que esse não é o meu preferido. Provei um de chocolate que a Marina comprou - eu estava com ela - e gostei mais, na boa.

Daí que hoje, no aniversário da Rayane - prima fofa do Giuseppe -, falávamos justamete sobre esse assunto e me deu um água na boca. Acho que domingo vou com a Ray, Ana Barbara -amiga/irmã/marida da Rayne; outra fofa - e o Giu (♥) para comermos uns, porque, né, merecemos. Hosana - e todo mundo -, se quizer ir, tá convidadíssima. Beijos.

P.S.: Este post, INFELIZMENTE, não foi patrocinado pela Vintage Cupcake. Infelizmente. =(