domingo, 15 de novembro de 2009

Bobeira, gente.

Carta aos meu netos

Eu já estou com 17 anos e já vi algumas coisas nessa minha curta estada na Terra. Espero que alguém mostre isso aos meus netos; é para eles que escrevo. Quero dizer-lhes que eu os entendo quando eles olham ao seu redor e vêm tanta tecnologia, tanta coisa que ajuda no nosso dia-a-dia e se perguntam: “Como a minha vó conseguiu sobreviver sem o dispositivo tal?!”. Eu sei como é; vivo isso o tempo todo. Vivo me perguntando “Como a minha vó conseguiu viver sem celular, e-mail, orkut, telefone, msn, blog” (ai, meu Deus! Blogs), enfim, sem internet. Sem falar dos meios de transporte, bibliotecas, cinemas, shoppings, shows de rock – não que eu vá a muitos-... essas coisas todas. Não se desesperem: cheguei a conclusão que ela viveu bem, contente com um ferro de passar roupa movido à brasa assim como eu vivo sem alguma coisa que só será inventada quando eu estiver bem caduquinha.
Outra coisa, meus queridos, não acreditem tanto quando vocês lerem nos livros de História durante aquelas aulas chatérrimas que o Brasil sofreu horrores com a crise mundial financeira; passou e a gente nem viu. Ah, e não se assustem quando disserem que algum número múltiplo de seis será a data escolhida para o fim do Mundo: já marcaram para 2006, mas parece que erraram as contas e marcaram pra 2012, justamente quando o Brasil sediaria a Copa e as Olimpíadas neguim quer jogar praga na humanidade. Mesmo assim, relaxem.

Ah, eu quero que saibam que estou me esforçando para que vocês possam estar vivos um dia para lerem isso, portanto que fique claro que é com muuuuita dificuldade que eu tento minimamente não destruir por completo o tal do meio ambiente. Aproveito para dizer que, como sua vó, eu não admito que joguem lixo nas ruas. Não mesmo! E pelo o amor de Deus (sempre acreditei em Nele) usem protetor/bloqueador solar, é sério -seríssimo. Se agora em 2009 a coisa já tá braba, quando vocês estiverem vivos então, fudeu. Ah, é. Eu falo palavrão, uso roupa curta, corto o meu próprio cabelo, não presto muito, sou debochada, essas coisas; não construam uma imagem de vovó santinha na juventude. Não vai colar.
Estudem. Aproveitem o quanto podem. Ah, e não explorem muito os meus filhos: trabalhem. Faz bem à pele (sempre tive uma pele ótima; espero que herdem isso de mim) e ao bolso (nunca tive dinheiro; isso eu não sei se vocês herdarão)
Enfim, vivam e evitem as grandes merdas. Mas só as grandes, como se drogarem até não aguentar mais e matarem um cara pensando que ele era uma galinha gigante ou se atirarem da janela pensando que voam. Tirando isso, o resto tá valendo. Ah, leiam todos os tipos de livros, ouçam todo o tipo de música, assistam a todo tipo de arte e conversem com todo o tipo de gente, mesmo que depois vocês odeiem o livro, queiram matar quem escreveu a tal letra, acabem com a reputação do filme e falem mal de quem conversara com você. Não importa! O importante é construir opiniões.

É isso -minto, tem muito mais. Sejam o que quiserem ser e falem bem da sua vó para seus amigos cibernéticos. Ah, queiram tudo o que houver. Tudo mesmo. Este é o primeiro passo para se conseguir. Fica a dica. Beijos da vovó de 17 aninhos super gatinha que encerra por aqui porque já tá tarde.

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Déh