quinta-feira, 28 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Piriguete não sente frio
Há muito tempo eu falo isso. É uma longa reflexão baseada em estudos sociológicos desenvolvidos no espaço urbano (tradução: passava pelas ruas e percebia): gente, porque piriguete não sente frio?
Não existe estação do ano que eu ame mais que o inverno.
Imagina: ficar livre de protetor solar - fator 60, baby -, daquele suor descompensado, das sombrinhas pra me livrar do sol de 400° carioca, dentre inúmeros outros incômodos que o verão - ou o "inferno", como preferirem - me trás.
E sabendo disso, é fácil perceber que o inverno representa uma superprodução, toda um pensar e refletir sobre. Sobre o que vestir, claro.
Mês passado eu já comprei dois casaquinhos lindos - Clock House, sua linda, você é d+! - pra começar a minha própria coleção de inverno, que inclui calças, luvas, cachecóis, toucas/chapéus e botinhas que ainda vou comprar com a graça do Senhor! Ouvi um Amém, meninas?
Frio é coisa séria. Me arrumo mais, capricho mais na cabelo, make e perfume - porque estou livre do protetor - e saio de casa como uma diva, pronta pra fazer valer o inverninho que Deus nos últimos anos resolveu nos dar. Mas o que acontece, o que encontro? Hã? É. Eu pareço ser a única com frio.
Ontem, voltando pra casa com meu pai por volta das 23hs, vejo pela rua umas meninas daquele jeito: bermudinha, camiseta, havainas e o caralho, curtindo o auge "verão". Imaginem a minha cara. Primeiro eu senti frio por elas e depois me pus a perguntar: "Senhor, porque que todo mundo sente calor, menos eu?!" - lembrei da véia do vídeo.
Olho pro meu pai, todo encasacado e me sinto melhor, mas ainda assim não consigo compreender.
Eu passo toda agasalhada e ainda batendo os dentes enquanto algumas meninas passam fantasiadas de dançarinas da Furacão 2000 como se estivéssemos sob um sol de rachar.
Já até brinquei dizendo que neste inverno vou trocar todos os meus casacos por shortinhos da HBS e blusinhas da PXC porque, ao que tudo indica, piriguete não sente frio.
sábado, 23 de abril de 2011
Semana Santa
Quinta-feira Santa:
Mãe: Não olha agora, mas tem um Restart no meio de nós.
Eu: Onde?
Mãe: Ali na porta da Igreja.
Eu: É o irmão da Shayne, mãe!
Distribuição de pãesinhos
Eu: Vamos lá pegar, Sanna?
Hosana: Sim, vamos.
Como um pedaço do pão.
Hosana: O padre acabou de falar que é pra levar pra casa e dar pra alguém que você ama muito, mas não pôde vir hoje. Depois eu que não presto atenção no que o padre fala.
Chegando em casa
Eu: MÃE, cheguei.
Ela levanta correndo, vai pra cozinha, pega o resto de frango da panela, coloca um pote e enfia correndo na geladeira.
Eu: Tá maluca, mulher? Tô cheia de fome, vou jantar.
Mãe: SÃO 00:30 SUA LOUCA, 00:30! Vai comer carne? Já é sexta-feira.
Mãe: Não olha agora, mas tem um Restart no meio de nós.
Eu: Onde?
Mãe: Ali na porta da Igreja.
Eu: É o irmão da Shayne, mãe!
Distribuição de pãesinhos
Eu: Vamos lá pegar, Sanna?
Hosana: Sim, vamos.
Como um pedaço do pão.
Hosana: O padre acabou de falar que é pra levar pra casa e dar pra alguém que você ama muito, mas não pôde vir hoje. Depois eu que não presto atenção no que o padre fala.
Chegando em casa
Eu: MÃE, cheguei.
Ela levanta correndo, vai pra cozinha, pega o resto de frango da panela, coloca um pote e enfia correndo na geladeira.
Eu: Tá maluca, mulher? Tô cheia de fome, vou jantar.
Mãe: SÃO 00:30 SUA LOUCA, 00:30! Vai comer carne? Já é sexta-feira.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Oh, não! Testemunhas de Jeová!
Eles batem no seu portão, soltam seu melhor sorriso colgate e um bom dia tão carinhoso que fica difícil dizer "ah, não! Vocês de novo não!".
Gente, Testemunha de Jeová, pra quem não sabe, é uma religião estranha, que é cheio de "não podes" - não pode comemorar Natal, Páscoa, aniversário! Mas beleza, a questão não é essa, até porque eu respeito muito a escolha religiosa de todos - afinal, fazendo o bem, que mal tem, né não?
Mas é que...
Pareceu que não é recíproco esse respeito.
Desde de pequena, eu fujo daquelas beradas sombrinhas que aparecem por cima do portão - e acho que você também já fugiu pelo menos uma vez na vida! Não que eu seja do tipo "cabresto" que se nega a conhecer a religão alheia, mas é que eles não perguntam se estamos dispostos a interromper, sei lá, uma faxina pra travarmos um debate no portão sobre o que a Bíblia DELES diz.
Eles acham que, por não nos ver no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, não não temos uma crença, um caráter religioso ou o hábito de ler a Bíblia ou rezar. E quem não tem isso - FODA-SE! Escolha de cada um!
Agora há pouco uma Testemunha de Jeová bateu aqui em casa chamando por "LEONARDO", o nome do meu irmão! Cara, olha que intimidade! O pobre do meu irmão abriu o portão outro dia e um cara começou uma palestra sem o Léo ter concordado. "COMO EU IRIA DIZER QUE EU NÃO TAVA A FIM DE OUVIR?", questionou o meu irmão. E é mesmo. Não é qualquer pessoa que consegue dizer "Na boa? Tô a fim não. Se eu tiver alguma dúvida, domingo, quando eu encontrar o Padre lá da Paróquia, eu pergunto a ele".
Aí eu fui abrir o portão e a mulher perguntou "o Leonardo esta?"
Claro que eu perguntei sobre o que era, porque o meu irmão é uma criança e eu não dou mole pra bandido, não! rs
Ela disse que na semana passada um cara veio, começou uma palestra e restou uma dúvida que ela veio sanar. VÊ SE PODE!
DU-VI-DO que o Léo tenha dito "hã? Não entendi essa parte. Jeová e Javé é o mesmo que Deus?" ou coisa parecida. O léo queria mais que o pentelho fosse embora, não que a "palestra" continuasse dias depois.
Não teve jeito. Disse que não, que aqui em casa o nosso caráter religioso é diferente e que o Léo tá formando ainda esse caráter. Claro que ela falou que o objetivo era falar da Bíblia, não da religião, mas eu rebati que a Bílbia protestante e a Bíblia católica têm diferenças - nós temos mais livros -, mas ela discordou novamente. Tá vendo? Discutir religião é muito complicado. Por isso eu resolvi clicar no X dessa conversa.
"Tá bom. Mas dá uma olhadinha em João 17, 17 que na próxima vez que eu voltar a gente conversa".
NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOO!!!!!!
P.S.: Joguei "testemunha de jeová" no google e apareceram várias fotos do MICHAEL JACKSON!
P.S. 2: O post vai ficar sem foto mesmo, mas clique aqui pra ver esse site bizarro sobre o assunto.
Bebida
Eu bebo? Não sei. Talvez um copo ou dois só pra zuar, mas nunca fui de beber. Nem Giuseppe bebe, no máximo uma latinha de não sei o quê com Coca-Cola, nada demais.
Achava mó Cool beber com os amigos, ficar "alegrinho" o suficiente pra dançar sem vergonha e pegar geral - não que eu fizesse isso -, mas hoje eu acho que isso seja até mesmo covardia, falta de coragem de fazer com a cara limpa.
Okay, você bebe, rebola até o chão traça todo mundo e tá me achando babaquíssima por dizer isso. Beleza, pare de me ler, mas saiba que é a minha humilde e singela opinião e eu vou explicar o porquê dela.
Tava conversando ontem com uma amiga enquanto viajava até Serotexas e falávamos sobre vícios. Não estou dizendo que quem bebe eventualmente é alcoólatra ou coisa do tipo, mas acabei refletindo sobre o "porquê de beber".
Sinceramente, não vejo benefícios na bebida. Você bebe, fica fora de si, fala besteira, faz merdas, pega mulé feia, diz na cara da namorada que a sogra é uma bruxa fedorenta, vomita, tem que voltar carregado pra casa, passa vergonha, gasta muito dinheiro e no final pra onde vai tudo isso? Pro vaso sanitário, seja em forma de urina ou vômito. Sem falar que fica com uma puta ressaca no dia seguinte, cheio de dor de cabeça, não lembra do que aconteceu, fica naquela dúvida "pô, será que se aproveitaram do meu cu de bêbado ontem?" e ainda ganha uma linda barriga de chop. Ah, gente, tenha dó!
Eu tenho muitos amigos que bebem mas eu nunca o vi passando por isso. Prete atenção, eu nunca VI, mas sei de casos, ah se sei! E posso falar? Se um deles exagerar na bebida, não conte comigo pra levar pra casa e fazer café amargo. Mandei beber? Abri a boca dele e joguei cerveja dentro? Não, né? Bebu porque quis, não tenho culpa nenhuma. Então, vamos logo combinar: se beber e quiser se jogar em frente a um carro fique a vontade, porque tomar conta de bêbado não é pra mim.
E na verdade nem sei o que as pessoas que bebem veem de bom em ficar "altinho". Uma vez bebi uns ICEs - olha que mulézinha que eu sou! - e fiquei meio tonta e não gostei nenhum pouco. Fiquei com vontade de dormir e rir ao mesmo tempo. Vergonha total.
Não é muito provável que vocês me vejam bebendo, mas isso pode acontecer. Não porque eu quero ficar bêbada, dançar até o chão e o caralho, mas porque eu gosto do sabor da ITAIPAVA apenas. Só.
Pronto falei. Acho desnecessário demais.
Lá na Rural tem muita festa e barzinho toda noite e eu digo: se sentir vontade de ir em alguma festa não esperem que eu beba até ficar fora de mim para dançar até dizer chega - porque pegar alguém é fora de cogitação, né? Alô, Giuseppe! -; isso eu sou capaz de fazer com Coca-Cola.
Pra finalizar, vou contar um causo de ontem no ônibus vindo da Rural.
Estava com os amigos que sempre pegam o "Nilópolis" e logos percebemos a presença de um cara estranho, que nunca havia pego o ônibus conosco. "Nunca" também não sei, mas eu nunca o vi.
Um cara bonito, sabe? Alto, branco, olhos azuis, sorriso largo e tal. Mas BÊBADO. Aliás, TRÊBADO!
O cara tava que era só cachaça! Sentia o cheiro de longe! Aí já viu: começou a falar um monte de merda e a mexer com todo mundo, inclusive comigo, que logo mandei "ah, otário, vai tomar no cu!" porque falou umas merdas bem merdas mesmo. Até com o Dudu ele zuou, acredita? Pegou o livro Ágape do Padre Marcelo Rossi e avacalhou o pobre. Dudu, garoto educado, ignorou. Eu não tenho educação, beijo me liga.
Só sei que o indivíduo estuda Física e tava indo pra casa da tia em Jardim Palmares. Um idiota.
E é isso que eu quero dizer. Às vezes o cara é um gênio, super legal e educado, mas quando bebe vira um imbecil que falar asneira e perde todo o respeito.
Então, fechando o bonde, só digo uma coisa: bebida, pra quê te quero?
quarta-feira, 20 de abril de 2011
E lá vamos nós de novo
Não vou fazer juras de amor eterno ao blog de novo porque não quero manter uma relação baseada em mentiras com vocês, portanto: tô sem saco!
Talvez não "sem saco", mas sem inspiração.
Alguma sugestão?
Talvez não "sem saco", mas sem inspiração.
Alguma sugestão?
terça-feira, 12 de abril de 2011
A louca em pânico
Eram 9 da manhã e eu estava indo pro Odeon, Cinelândia.
Não sei vocês, mas quando preciso fazer este trajeto, pego o ônibus, salto na Pavuna e pego o metrô.
Beleza.
Daí que eu estava sozinha no ônibus, toda linda e produzida, sentadinha no banco do corredor.
Quando o ônibus estava no centro de Nova Iguaçu, entra um homem e senta na fileira de bancos ao lado, um pouco a frente. Normal, né? Claro, normalíssimo. Se o cara não parasse de me encarar seria perfeitamente normal!
Gente, me chamem de louca, neurótica, imbecil, do que for!, mas eu simplesmente não tava aguentando mais aquele cara virando o corpo pra trás o tempo todo pra ficar me olhando. Aí começou o pânico.
O ônibus ia seguindo a viagem e nada de o homem parar. Eu comecei a ficar tensa, afinal, ele provavelmente saltaria no ponto final - assim como eu -, subiria a passarela - assim como eu - e pegaria o metrô - ASSIM COMO EU!
Ah, não dava não. Eu ficaria nervosa até chegar meu destino? E se o cara fosse um "mau feitor"? rs. É sério!
Aí começou o monólogo mental.
Tente acompanhar:
"Jéssica, salta enquanto há tempo. Você vai mesmo ficar a viagem toda preocupada com o cara?
Mas não deve ser nada demais. É apenas mais um cara no ônibus que não tem vergonha de ficar olhando descaradamente um moça bonita.
E se não for só isso? E se o cara realmente estiver com más intenções? Tô tensa, vou descer!
Descer? Que vergonha, meu Deus! O cara vai ficar se perguntando se eu sou alguma espécie de louca! Ai, Jesus, o último ponto de ônibus de Nova Iguaçu se aproxima; se eu quiser descer essa é a chance, porque depois que ele subir a Via Light eu vou estar fora do meu território, vou entrar num lugar 'desconhecido'!
Isso é bobagem! O cara apenas..."
O último ponto de ônibus chegou e eu permaneci sentada, fazendo pose se estátua e cara de má (?!).
Mas eis que o ônibus para pra um passageiro embarcar.
"MOTORISTA, EU VOU DESCER, ABRE A PORTA!!!!" e saio correndo. rsrs
E o homem?
O homem me seguiu.
Calma, gente.
Ele me seguiu só com o olhar. rsrs
Ficou lá olhando pra mim, sem entender nada.
Quando desci, pensei "Sua louca!!! Vai procurar tratamento!!!!"
Contei pra um amigo e ele disse: "Pô, o cara poderia ter pensado 'nossa, menina bonita! Vou chamá-la pra ser modelo da minha agência... opa.. foi embooora. Pena'".
É, poderia ter sido assim.
Ou não.
Não quis ficar pra ver. rsrs
Me chamem de maluca.
domingo, 10 de abril de 2011
Cuide de mim. Cuide de si.
É engraçado como sofremos pelos outros. Me refiro a dor de quando uma pessoa que amamos muito não esta bem. Parece que nós também não estamos, porque ela faz parte da nossa vida de tal maneira que sentimos...
Bom, a verdade é que tentei completar a última frase mas não consegui. Acho que é porque este sentimento é imensurável. É incrível como apesar de tudo o que fazemos seja mais próximo do perfeito possível, não é suficiente quando alguém que amamos muito vai mal.
Talvez sejam nesses momentos que percebemos que não há dinheiro, não há status, nem mesmo sensações particulares que se comparem à uma relação afetiva que temos com outro ser humano.
Tá parecendo palavras sortidas, eu sei. É que eu quero chegar numa coisa: eu aprendi que não devemos apenas nos cuidar porque é importante para nós mesmos, mas também é importante para o outro.
Certa vez eu estava pensando: "se eu morresse hoje por uma fatalidade da vida ou por um 'discuido' meu, minha família sofreria demais". Cara, é verdade!
Neste mundo, não estamos sozinhos - às vezes parece o contrário, rs. Eu sei que há pessoas que se importam verdadeiramente conosco, que se alegram com o simples fato de existirmos e que com certeza sofreriam muito caso algo nos acontecesse. Eu sei porque eu sou uma dessas pessoas que sentiria uma dor inenarrável se alguém que eu amo...
E eu sinto.
Nesta semana aconteceu uma coisa muito triste. Aliás, duas coisas. A primeira foi a tragédia em Realengo. A segunda, bem menos famosa, foi a perda que uma familia de amigos sofreu por uma pessoa muito querida que tirou a própria vida.
Esse caso me fez refletir muito sobre isso. No caso da "chacina da escola", eu pensei "poxa, eles não tiveram escolha; alguém escolheu tirar a vida daquelas crianças e ponto". Triste, não? Imensamente triste. Mas e no caso do suicídio? Ela tinha escolha. E optou... Não fui uma fatalidade, foi uma escolha. Isso que é pior.
Por favor, eu não estou ridicularizando-a. As pessoas que comentem este ato devem ter milhares de razões, mas... e as outras? E quem ficou? E quem sofrerá sua perda? E quem sentirá uma parte de si morrer quando ver que a outra esta morta? Isso me dói tanto, tanto. Eu tenho tanto medo que isso aconteça comigo. Tenho medo de que alguém que eu ame faça a escolha errada e, assim como aquele assassino, escolha me matar sem a minha permissão. E é claro que eu nunca permitiria.
Agora é tão claro dentro de mim o quanto eu preciso me cuidar, preservar minha integridade. Eu preciso fazer isso não para evitar minha própria dor, mas para evitar a dor de quem esta ao meu lado.
E peço o mesmo de todos que me cercam. Cuidem de si. Cuidem de si para assim cuidarem de mim, porque na verdade, eu sou uma fraca que não suporta a ideia de sentir dor com a sua dor, com a sua perda.
Cuidem de si porque assim vocês estarão dando a maior prova de amor que pode oferecer a alguém. Porque para que vivamos plenamente, é preciso estarmos cercados daqueles que nos fazem bem. Por favor, não nos privem dessa alegria.
Sem mais.
Sem mais.
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