segunda-feira, 31 de maio de 2010

Camisa Xadrez:

Gente, se alguém aí ainda quiser me presentear, saiba que eu quero uma camisa xadrez!
Há tempos que eu tô atrás de uma; até encontrei uma legalzinha num brechó - vermelha, de manguinha até o cotovelo -, mas a Hosana surrupeou, claro.



Eu tô afim de um visual assim: a blusa por cima de uma calça beeem skinny e um salto. Mas como eu ando bem apaixonada pelo xadrez, tô topando até com bermudinha e rasteirinha.

Lembranças de uma infância feliz.

Às vezes é capaz das pessoas me olharem e não entenderem porque eu sou "assim".
Pois eu vos digo, caros amigos, que tudo isso é fruto de uma infância muito sofrida.

Vou contar pra vocês que eu, quando piquetucha, tinha piolho que era uma beleza! Era quase que uma criação, sabe? Minha mãe já tava vendo a hora de o IBAMA bater aqui em casa. Mas tinha aquele negócio de lavar o cabelo todos os dias - que eu odeio e a Hosana sabe bem disso - pro piolho não se achar "confortável". Claro, que não adiantou, até porque, anos mais tarde, descobri que os dito-cujos gostavam mesmo era de cabelo limpinho, baby.

Aí que... as criancinhas lá da escola colocavam apelidos pejorativos em mim (piolhenta!). Mas eram os sujos falando da mal lavada - bem lavada, na verdade, afinal, a minha mãe só faltava lavar o meu cabelo com escova de roupa -, porque lá naquela budega era uma piolhada só.
Mas mesmo assim, como criança, eu ficava tristinha com essa brincadeiras. A auto-estima fica como?


Outros fatos que auxíliaram na minha formação de carater foi a auto-confiança e a coragem que o meu pai e a minha vó ajudaram a construir em mim.
Meu pai porque, quando a gente tava na rua e eu não queria sair, ele simplesmente fazia "Móooooooo" pra eu fugir correndo. Éee isso mesmo! Uma onomatopeia de um boi. E para ajudar mais ainda ele ainda dizia "corre que o boi vai te pegar". Ou seja: quando cantavam "boi da cara preta", a criança tinha um ataque epilético. Falava em churrasco, já desmaiava!

Já a minha vó se aproveitava de um medo há muito cultivado por mim mesma.
Eu amava Tom & Jerry. Amava! Aí que tinham alguns episódios em que tinha uma planta carnívora que comia tudo e todos. E então: preciso falar do resto? É claaaro que eu desenvolvi um super medo de plantas, pois acreditava fielmente que elas iriam me devorar!
Daí que a D. Alzira, vulgo Vó, me ameaça com o quê? Adivinhem? Uma folha de planta!!! Tinha dias que eu ficava horas e horas na piscina e não queria sair para ir à escola. Ela resolvia a situação com facilidade: jogava uma folha na água que a criança saía correndo com medo de virar o jantar do vegetal. Tá bom pra você?

Aí, foi por essas e muitas outras situações que eu sou... assim.

domingo, 30 de maio de 2010

Teste da Capricho


Teste: como os garotos te veêm?
Resultado: menos de 7 pontos

"Para os garotos, você é uma menina tão na sua que chega a ser até um pouco sem graça. Se quer chamar mais a atenção do sexo oposto, aja com mais atitude!"

Alguém aí viu a minha auto-estima? Ela sumiu...

Obs.: Não precisam mais me respeitar depois de eu ter confessado que fiz um teste da Capricho.

"Tem visto a Hosana?"

Acredite: mais do que o recomendável!
A gente passa a semana toda juntas, e nunca - eu disse nunca! - ficamos sem assunto.
É claro que a gente briga pra caralho de vem enquando, mas sempre apoiamos uma a outra e sempre temos um bom conselho na ponta da língua e uma boa piada debaixo da manga.
Nossa próxima empreitada é, na segunda-feira à noite, no intervalo do pré, colocarmos crachás (se escreve com ch?) nos identificando, já que o povo lá não pára de nos confundir e perguntar se somos irmãs. Pode deixar que eu posto uma foto disso aqui.

-Sanah, eu sei que às vezes a gente cai na porrada, mas isso só acontece porque eu te amo muito e sei que você me ama muito também. Quero que você seja sempre muito feliz e lembre-se sempre: eu comemoro suas vitórias como se fossem minhas, porque de certa forma elas são.

Cuida de mim, que eu cuido de você. ♥

Arraiá de São Chiquim.

Pois é, minha gente. Mais uma vez, a galera lá da igreja dançará caipira e mais uma vez eu inventei um belo de um casório. Aqui, então, eu divido a história com vocês, além de disponibilizar para quem for dançar.
Beijos.
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Arraiá de São Chiquim


Padre: E tamu aqui nóis de novo, pra uni em matrimônio mais um casal: José Washington Santos Silva e Souza e Maria Antonia Araújo Amaral.
Todos: Êeeeehh!!
Padre: É cum muita alegria que eu vou casá esses dois. Porque já tava na hora, né, Washington? Ficá inrolando moça 10 anos num é certo não, meu fio! E a ocê tamém Toínha. Já tava na hora de tomá jeito e pará de dizer pro seu noivo que ia pra casa das amiga rezá mas na verdade ia pro forró da Maria Lima.
Toínha: Má, que isso, seu padre! Era segredo de confissão, sô!
Padre: Ixiii... escapuliu... Mas o que importa é que ocês vão casá. Então vamus'imbora! Washington, meu fio, ocê aceita a Toínha como sua muié? Presta atenção, hein, meu fio: ocê bem sabe que o pai dela é um pinguço que vai passá a vida te pedindo dinheiro, sem contá que essa daí é burra que dá dó! É isso que tú quer pra sua vida, meu fio?
Washington: Ô, padre, que isso, uai. O que tem dentro do meu peito é mais forte do que isso aí que o sinhô falô.
Padre: Catarro?
Washington: Não, padre, num é catarro, não... É amôoooo. É craro que eu aceito casá com essa belesura de muié.
Todos: Êeeee!!!
Padre: Aiaii, então tá bão, né. Ocê, Toínha: aceita casá com o Washington? Mas antes, minha fia, pensa, mas pensa com cuidado. Oiá bem pra cara desse sujeito e pensa! Ocê qué que os seus fio nasçam com essa cara de bizerro maltratado que o Washington tem? Óia, que quem avisa amigo é: Washington pode até ser cheinho da bufunfa, mas é feio que dói.
Toínha: Ô, seu padre, mas o que é que eu posso fazê se foi ele que conquistou o meu coração, uai? O que eu mais quero nessa vida é casá com ele e prostituí uma famía.
Padre: Que "prostituí uma famía", o que, menina! Isso é pecado, sô! É "CONSTITUÍ" uma famía.
Num te disse, Washington: essa minina é mais burra que uma porta! Mas qué, sabê? Ocês que sabem da vida do'cês mermo... vamo acabá logo com isso aqui que eu quero é aproveitar o baile: Se alguém do'cês aí num concordá com o matrimônio desse casal aqui, é mió disimbuxá logo ou fechá o bico pra sempre, viu, uai?
(Silêncio)
Padre: Que bão. Então eu decraro... (o padre é interrompido)
Viúva: Epaa, epa, epa! Eu tenho uma coisa pra dizê!
Padre: Meu, pai amado... Quê que é isso, quê que é isso?
Eu só quero saber quando é que eu vou poder casá alguém aqui sem ter uma viúva recalcada pra me interrompê. É mal de casamento na roça, só pode ser...
Viúva: Mas, seu padre, o que que eu posso fazê se esse daí, mintiu pra mim, uai? Sumiu há dois anos e eu pensei que ele tinha morrido! Quando na verdade, veio pra essa cidade namorá com essa baranga!
Padre: Washington! Comé que ocê fez isso com a muié? Coitada! 200 Ave Marias de penitência.
Washinton: Mas padre, eu nem conheço essa muié. E comé que eu sumi há 2 anos se eu tô noivo da Toínha já vai fazer 10 primaveras? E esqueceu que eu moro aqui desde que nasci, sô?!
Padre: É mesmo... e agora, minha fia, comé que ocê explica essa bobiça toda?
Viúva: Mas, mas... meu Deus do céu... É mesmo... Ocê não é meu marido não... oiando de perto da pra ver: ocê é bem mais feio. Credo!! Pelo visto o meu marido morreu mesmo... Mas qué sabê? Eu prefiro ser viúva do que sê casada com um bicho feio desse.
Padre: Vamu pará, vamú pará. Pelo visto foi só um mal entendido aqui. Agora, continuano... Eu decraro Washington e Toínha marido e muié até que a morte os separe, ou que a Toínha perceba como o Washington é horroroso, sô!
Todos: Êeeeehhh!!
Viúva: Péra, péra: e agora, como eu ficou, seu padre?
Padre: Ocê? Ocê vai dançar um forrósinho com nóis que é bão de mais, sô!!!!! Vamus'imbora!

sábado, 29 de maio de 2010

Eu e ela.

Fizemos as pazes, chorei, disse tudo o que estava engasgado e estamos bem. Por hora.
Ela também disse que estava chateada com algumas atitudes minhas, mas eu retruquei dizendo que a minha educação varia com a dos outros.

Obs.: Às vezes eu também acho que eu me exponho de mais aqui, mas o que que eu posso fazer se eu só me sinto bem com alguma coisa depois que eu escrevo nessa budega? É aqui ou em um blog fake desconhecido, então prefiro que seja no blog que eu amo e que eu criei com muito carinho junto com o Giuseppe há um ano e meio.
É isso.
Beijos e muito, muito obrigada pela preocupação com o meu bem-estar e pelo apoio que me foi dado.
Amo vocês.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quando eu olho pela janela...

é para dentro de mim que tento enxergar.


Dentro do ônibus, o mundo corre e eu não consigo segurá-lo, mas meus pensamentos estão firmes em minha mente.
Da janela de minha casa, a vida é pacata, mas o meu coração se acelera quando você me vem a memória.

domingo, 23 de maio de 2010

Caralho, cara, as vezes a convivência com a minha mãe é muito - eu disse muito! - difícil.


Ela me trata com ignorância, quando não, com desprezo. Eu só queria saber o motivo disso. Só.

Acredita que hoje, eu cheguei da vigília da igreja 7hs da manhã e ela passou por mim e nem bom dia me deu? Muito pelo contrário, ela me mandou lavar a louça. TOMÁ NO CÚ! Se eu tivesse voltando do puteiro... mas nãoo!

Ela não perguntou se foi legal, se eu estava bem, se isso, se aquilo. E agora ela foi dormir e nem boa noite me deu. Só deu pro Léo. Ela acha que eu não sinto que ela trata o meu irmão com muito mais carinho e atenção. Mas quer saber? FODA-SE! Fo-da-se!

A única coisa que ela vai conseguir é o meu afastamento dela e, em breve, da minha casa - quer dizer, da casa dela, como vira e mexe ela gosta de deixar claro - além de construir uma raiva, sabe? Porque eu já sou meio ressentida por umas coisas que ela me disse e me fez passar sozinha. E eu sei que ela também sente raiva de mim por eu ser muito apegada ao Giuseppe e sente raiva dele por ele ser o dono da minha atenção. Mas foi ela que fez isso acontecer. Ela que quando fica chateada com alguma coisa, me trata com um desprezo tão grande que parece que eu sou um bicho nojento e que não merece respeito.

Agora a vontade que eu tenho é chorar, como já chorei tantas e tantas vezes por causa desse "tratamento". Porra, ela é minha mãe, caralho!

Eu sei que isso o que eu estou sentindo vai passar, mas eu quero ver se essas atitudes também irão.

Mas de uma coisa eu tenho certeza: respeito a gente não impõe, mas conquista. Ela acha que gritando comigo, me dando ordens absurdas e sendo grossa vai ter meu respeito. Não! Eu respeito quem me respeita. E se eu, aparentemente, não tenho seu respeito, é justamente por causa disso (porquê, de boa, não consigo saber o que eu faço!). Acaba se tornando um ciclo. Só quero ver aonde vamos parar.

domingo, 16 de maio de 2010

Eu não estava. Disseram-me que ele caiu no chão, sem conseguir respirar, arrancando as três camisas que vestira por causa da febre que já havia se instalado, se debatendo no chão e babando. Convulsão.


Mas porquê? Não era pra acontecer aquilo; eu não queria! Nem imaginava que era possível.

Eu não vi. Nem sei, na verdade, se queria ter visto. Nem sei que aguentaria. Era pra ser apenas uma noite de quinta-feira normal - eu no pré e ele no futebol -, não a "noite em que eu quase fiquei 'viúva'", como brincou a minha sogra comediante.

Junto a notícia, veio também o medo. Ouvi a história sentada, de frente pra ele, vendo-o perfeitamente bem. Sinceramente, não acreditaria se não não tivesse sido sua mãe a me contar, afinal, mãe não brinca com essas coisas.

Não demorou e eu me levantei. Uma água por causa da sede repentina. Uma lágrima pela tristeza e o susto indesejados. Um abraço com amor.

Já era tarde de mais. A cena estava empregnada em minha mente. É difícil aceitar o que aconteceu, afinal, foi com ele, quem cuida de mim, quem eu cuido, quem me faz rir e é o maior detentor do poder de me fazer chorar. Foi com o homem que eu amo. Foi com quem na mesma noite me deu ânimo e disse para não desistir de nada que um dia eu desejei.

Chorei mesmo, e daí? E qual é o problema de eu ter sentido medo, hein? Medo de alguma doença desconhecida, da dor que ele poderia estar sentindo, medo da morte. Medo de perdê-lo - disse, pronto!

Foi ali, abraçada ao seu corpo, sentindo as lágrimas quentes rolarem, que eu percebi que nada esta sob o meu controle - pois afinal, o que mais eu quero se não quem eu amo junto a mim? Eu posso estar sendo boba, mas de que outra forma se caracteriza uma pessoa apaixonda?

E neste momento, eu não desejo mais nada a não ser que tudo fique bem. Eu quero ele comigo, só isso. O tempo que for possível, porque nada é pra sempre. Nada.

Se eu pudesse, eu o manteria abraçado a mim, escondido de tudo e de todos até ter a certeza que nada poderá machucá-lo, mas eu não posso. Só posso esperar e rezar para que tudo esteja bem. Pra que ele fique bem. Porque eu não aguento vê-lo mal. Não aguento. Porque eu sou uma egoísta que preciso que os outros estejam bem para eu estar bem também. Porque o calor excessivo de sua pele me preocupa e as dores que ele sente ardem em meu peito. Porque eu o amo e só ficarei feliz quando ele estiver são.

domingo, 2 de maio de 2010

Dizem que é na tristeza que o poeta faz suas melhores poesias. Deve ser verdade. Às vezes, aquilo que sentimos é tão forte, doloroso e brutal, que o oxigênio não se faz suficiente, restando apenas as palavras impressas no papel. Palavras sem vida, sem existência - até que alguém as leia.
Mas nem sempre o poeta quer que suas palavras tenham vida sob os olhos dos outros. O poeta pode querer, talvez, apenas se livrar das palavras que lhe impregnam a pele. Livrar-se delas e guardá-las num papel dobrado no bolso da calça.
Já as palavras ditas e ouvidas, não funcionam desse jeito. Elas parecem que se apegam ainda mais naquele que as diz. Pior ainda é quando elas se grudam na memória dos que as escutaram. Porquê as palavras escritas não precisam ser lidas, mas sim apenas escritas. Elas não precisam ter vida a não ser para o autor. Elas precisam ser apenas amigas, as melhores confidentes. Ser como um cofre forte que guardam sua verdade até que o possuidor do código para abri-lo deseje contar seu segredo.

sábado, 1 de maio de 2010

Maria da Graça, mãe do Edná, César, Eliene e do Marcos.

Minha tia Maria. Segundo ela, sempre trabalhou de janeiro a janeiro, 12 horas por dia, para sustentar sozinha os quatro filhos. Seu marido a largou e ela construiu com o próprio suor sua casa, além de um lar. Costureira, diarista, cozinheira e o que aparecesse. Se há alguma coisa que assusta em ser mãe, é o fato de que elas agarram qualquer oportunidade que possa garantir o arroz e o feijão de seus pequenos.

Não tenho grandes histórias sobre ela que valham se escritas aqui, mas o que me tocou, foi o sentido de ser mãe solteira que lutou até o último segudo para oferecer aos filhos uma boa educação e uma vida feliz, dentro do possível.
E saiba que hoje, eu estou aqui como testemunha do caráter de seus quatro filhos, além das crianças que ela ajudou a criar, como a minha mãe, meus visinhos e eu, que crescemos sob a barra de sua saia e hoje nutrimos um grande carinho e respeito pela mulher que, há poucos dias, chorou ao perceber que seu filho mais novo saía de sua casa para viver seu casamento, embora sua casa seja nos fundos do quintal da famosa Dona Maria.

Existem inúmeras Marias como esta. Inúmeras mães que dão o sangue pela sua cria e que choram quando eles crescem e vão para longe. São essas mães, que para mim, fazem com que o Dia das Mães mereça ser apreciado diariamente.